Em tempo...

Me parece que a maior crise da atualidade é a escassez de tempo! O tempo está minguando... Mas onde foi parar afinal? Está escondido no trânsito? Na má organização pessoal? Ou disfarçando a preguiça? Seja como for, eu também sofro deste mal - agravado pelos multiplos papéis que desempenho - tenho visto os anos passarem sem que o desejado 'tempo' fique mais disponível! Este blog é um desafio pessoal, pretendo imprimi-lo para compartilhar com minha filha qdo esta crescer - espero q ela tenha mais habilidade que eu para gerenciar sua vida profissional, academica e as demandas dos meus netinhos :D


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Coisas que eu vi…

Smiling planetHello World!!!

Sempre que viajo a trabalho penso que deveria andar com uma maquina fotográfica pendurada no pescoço. Fico lamentando que nao possa compartilhar a grandeza das coisas que vejo apenas com as minhas palavras…mas o fato de nao registra-las nao me tira a chance de apreciar, admirar e me espantar com a grandeza e diversidade do nosso mundinho…e penso, isso é apenas uma parcela minima do q ele nos reserva.

Seattle OutonoEstes dias estava em Seattle, com quilometros de arvores cheias de folhas douradas, aquelas paisagens de outono que nao existem no Brasil (e que sao ignoradas por quem com elas convive), me deixaram encantada…queria tirar uma foto, queria de alguma forma registrar aquilo de forma viva – encaixar a beleza destas paisagens em quadradinhos é oferecer apenas uma amostra grátis do q elas representam.

Neste momento estou no aviao – sao 12h29pm no horario de WA, quarta Canyonfeira…estou seguindo de Seattle para Dallas – abaixo posso avistar imagens que só vemos nos livros de geografia – montanhas e mais montanhas, algums areas arenosas, outras picos com neve, e algumas regioes verdinhas disputando espaço com tudo isso. Da pra ver direitinho onde havia água em algum momento no passado, dada as marcas deixadas nos caminhos hoje secos. Adoraria ter conexao neste voo para poder pesquisar um pouco sobre esta regiao, onde avistamos os famosos kilometros de Grand Canyon. E enfim, a paisagem é indescritivel.

Qdo voltei do Chile mes passado Andestb fiquei estarrecida com a vista ao sobrevoar os andes! Decidi que vou comprar uma maquina digital pqna e carrega-la a partir de agora, como fazem os japoneses…quantas vezes vejo coisas incrivelmente linda e gostaria de compartilhar a ‘amostra gratis’ do momento!

No proximo trimestre irei pela primeira vez para a Asia, ainda a trabalho. Nao sei ao certo se a Cingapura ou China, mas tirando de lado o pensamento sobre as infinitas 32 horas de voo q me esperam, nao posso deixar de pensar o quanto sou uma pessoa sortuda em conseguir ao longo da minha vida, ter conhecido tanto – pessoas, culturas, lugares…nao imaginava que faria tantas coisas deste tipo, conheceria tantos lugares diferentes sem ter que pagar por elas (diretamente pelo menos rsss). Pois é, agora voltando pra casa, mais relaxada depois dos dias de reunioes, até consigo me animar para a proxima viagem! O q importa no entanto é saber que ao chegar em casa terei a coisa mais valiosa que já vi me esperando de brancinhos abertos para um abraço apertado – e perguntando: ‘mamae, cade meu vestido da princesa bela?’ Smile

Fui!!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

e naquele tempo, qdo eu trabalhava na XYZ Inc…

Tenho andado realmente cansada…hj me peguei fazendo simulaçoes no meu plano de previdencia privada, pesquisando teto de aposentadoria, revendo contribuiçoes na pgbl infantil…ou seja, estou cansada, tao cansada q me resta tentar espiar no futuro – ainda q tao distante – alguma oportunidade de descanso definitivo, q nao seja a morte Smile

A verdade é q nao consigo imaginar levar por anos o ritmo q estou levando hj – alias, nem por muitos meses!!! E é nesta hora q nem bem refeita das alegrias dos novos desafios, a gente começa a se perguntar: como farei o dia em q nao tiver mais energia pra trabalhar este numero de horas por dia? Como pagarei as contas com um salario proporcional ao investimento de tempo q estarei disposta a fazer…ou ainda, q estejam dispostos a me pagar!

Segundo minhas simulaçoes, se eu quiser continuar mantendo parte do padrao de vida q tenho hj, pagar a faculdade da minha filha e trabalhar por lazer, tenho q aumentar minhas reservas: sejam financeiras, sejam de energia.

Ou seja, ou vc deixa de usufruir hj e guarda tudo q pode para usufruir do q conseguir na velhice, ou vc usufrui hj e de alguma forma faz a pilha durar pq terá q continuar na labuta por muito tempo…como minha pilha esta fraca neste momento, to apostando mais no planinho conservador do ‘quem guarda, tem’…

Qdo eu fizer 55 anos minha filha terá 21 anos – deve estar na faculdade. Com 55 eu gostaria de estar trabalhando um pouco menos…bem, na verdade com 39 tb hehehe, mas enfim, a faculdade da pqna estará garantida…mas e o meu sossego? A ultima vez em q fiz todas estas simulaçoes e perdi tempo pensando nisso foi uns 8 anos atras, bem no meu retorno de saturno! E claro, nao me atentei a pressao do momento, coloquei a culpa em saturno e caso encerrado. Mas naquela epoca eu me lembro bem, foi a primeira vez em q me senti muito aflita com o pensamento de que um dia nao aguentaria mais trabalhar tanto, e aí…estaria encrencada…ninguem precisa fazer conta pra chegar a esta conclusao…e entao, como seria?

Bem…de lá pra cá nao pensei mais nisso…saturno só deve voltar pro meu mapa por volta dos 55, 56 anos, qdo aí sim, isso deve gerar uma crise danada! Mas os ‘avisos’ de consciencia saturnina nos faz planejar para chegar lá na frente um pouco menos desprevinido.

Com saturno ou sem saturno no meu mapa deste ano, creio  q o pensamento retorna pq novamente estou vivendo um periodo muito puxado…daqueles q consomem todas as energias e faz qq um sonhar com a sexta feira a noitinha…! A boa noticia é q nao me encontro mais preocupada pq tenho uma filha pqna, na verdade a minha preocupaçao vai além de garantir o crescimento dela, pq vejo isso como garantido dada minhas boas probabilidades de empregabilidade (tenho um bom emprego e construi ao longo destes anos um bom curriculo), trata-se de uma preocupaçao comigo mesma…até q idade eu terei q trabalhar num ritmo alucinante? qdo é o momento de iniciar uma diminuiçao no ritmo? Certamente nao por volta dos 40, qdo me encontro no meu melhor momento – tanto dos conhecimentos acumulados qto da capacidade de lidar com os desafios – mas vejo pessoas na empresa onde trabalho com mais de 50 anos nesta mesma toada…

Enfim, sei q daqui alguns meses, qdo minha rotina estiver melhor estabelecida, a tendencia é q eu me sinta uma sobrevivente e, de novo, com tempo para recuperar o folego, acumular energia e pensar em mais duas decadas de full perfomance. Hj no entanto, quero sonhar com a ilusão da aposentadoria perfeita, do ocio pleno numa cidade de praia, aposentadorialendo todos os livros q me esperaram na estante por decadas, indo ao cinema no meio da tarde numa quinta feira, assistindo novela e outras baboseiras na tv, passeando pelas calçadas sem pressa, jogando baralho na casa de uma amiga ou conversa fora no shopping, viajando, fazendo dança de salão…tudo isso  e – por que nao? -…reclamando do marasmo da minha deliciosa rotina, enquanto conto saudosa anedotas dos bons tempos da minha vida executiva Smile.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Equações complexas

RELGIO~1

Faz tempo q nao consigo um tempinho para ‘ócio’ Winking smile Desde q assumi um novo cargo na empresa onde trabalho, minha agenda e planejamento estao lutando entre si…depois de quase dois meses, estou lentamente me organizando para voltar a almoçar rsss…mas a verdade é q esta fase – esperada – esta sendo bem mais corrida q eu podia prever.

A parte boa: a minha gatinha esta ótima! Ainda vivendo as memórias da festinha de aniversário poucas semanas atras. E ela estando bem…td fica mais fácil.

Hj resolvi tentar me organizar num esquema A.A. rssss…’só por hoje’ – e aí meu check list foi positivo no final do dia. HJ consegui almoçar, HJ consegui ir pra esteira e HJ consegui mandar pra frente as coisas mais urgentes do trabalho – e por isso HJ tenho q estar satisfeita.... Eu tenho falado muito para a minha equipe sobre a administraçao da ansiedade q nosso tipo de trabalho gera. A verdade é q, como lidamos com problemas o tempo todo, temos trabalho 24h se tivermos disposiçao…sempre. Ou seja, aquela sensaçao de ‘tarefa entregue’, ‘projeto finalizado’ – tem q ter sua expectativa revista, pois nunca voltaremos pra casa com a sensaçao de limpar a mesa e logo, é preciso desvincular esta sensaçao da sensaçao de ‘dever cumprido’. Trabalhamos por etapas…empiricamente lidando com o q está mais adiantado, com multiplas variaveis incontrolaveis…e precisamos aceitar isso sem deixar q isso se torne um tormento. Eu repito isso pra elas e pra mim mesma, pois pra mim tb tem sido um desafio colocar em pratica esta realidade. Assim como é um desafio toda e qq situaçao onde eu tenha dificuldades de planejar e controlar (é, este meu ascendente em touro rsss)…e isso obviamente, vale para o trabalho e para a vida em geral.

Tenho visto no entanto q a vida tem tomado conta daquilo q nao dou conta…é a tal lei q diz q Deus escreve certo por linhas tortas…a gente nao consegue ligar os pontos dos acontecimentos mas eles estao interligados nos planos q Ele traçou com a gente mesmo, antes de virmos pra cá. Acho q este tipo de desapego do controle tem me deixado mais tranquila…sei q muitas coisas estao acontecendo por sí só, e quase todas me levam ao mesmo caminho…sao muitas mensagens paralelas trabalhando na mesma açao. Fiquei tranquila, pela primeira vez parei de tentar e as coisas tem se transformado rumo aos objetivos pelos quais eu lutava com empenho.

Daí…se a minha gatinha esta bem, meu trabalho está caminhando e a vida esta se organizando sozinha…eu tenho apenas q cuidar de me manter saudavel para dar conta das demandas do meu mundo. E agradecer a Deus pela ‘ajudinha’ em resolver estas equações tao complexas…seja da multiplicaçao do tempo, da divisão das tarefas, da soma das energias, da subtraçao das ansidades Smile

E aprender a viver com a vida que se pode ter, é nada mais q viver em PAZ!

Voltarei em breve Smile bjs

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Planning, planning, planning…& goals

 

scorecardsPois é, no trabalho a gente aprende a fazer de cada ‘meta’ uma serie de planos associados de forma q elas sejam tangiveis.

Na vida pessoal parece q estas coisas ficam um pouco desconexas, mas nao deveriam, a lógica no final das contas é a mesma. Se desejo correr a Sao Silvestre em 2012, preciso ter um plano para chegar até lá, especifico, estruturado e bem planejado. Depois é preciso rever os planos periodicamente e ver se eles estao ‘no prazo’ ou se precisam de ajustes.

Eu comecei 2011 com varias metas, e já conquistei pelo menos metade delas! Pra quem esta quase no meio de setembro, estou ligeiramente atrasada rsss…mas nada q alguns ajustes nao resolvam.

Eu estou muito animada com as conquistas deste ano de forma geral…eu voltei a correr, já fiz 3 corridas de rua, subindo a kilometragem e baixando o tempo…tb consegui o novo emprego q buscava, dentro da empresa onde estou há anos, e onde me sinto feliz em trabalhar. No proximo fim de semana completo outra meta – sera a defesa da minha dissertacao do mestrado! Esta meta planejada laaaaaaaaaaaá atras, e acompanhada de perto para poder ser concluida no prazo q me estabeleci (18 meses), junto com minhas outras tarefas (em q a mais desafiadora é cuidar e manter-me o mais proxima possível da minha filhota).

Ainda falta me livrar dos 5 kilos q me incomodam, pra esta meta estou atrasada e se nao quiser me lamentar no fim do ano, terei q fazer algo mais focado e especifico nos proximos 2 meses. Este algo é mais q correr, e mais q seguir a dieta da nutri…acho q na verdade precisaremos fazer algo mais radical (subir a kilometragem, baixar as calorias) já q o plano atual nao esta surtindo efeito, e eu realmente nao gostaria de voltar a tomar medicamentos pois já tenho outras coisas pra me deixar atordoada rsss

Enfim, sobraram 2 ou 3 metas para revisao – e como qq area em ‘risco’ (scorecard em vermelho rss), vao exigir um pouco mais de atençao e dedicacao nos proximos meses, mas nao posso deixar de levar em consideraçao q a mudança de cargo esta exigindo mais de mim nestes primeiros meses, o q pode afetar um pouco algumas outras areas da minha vida. Pra isso q existem os periodos de revisao!

Neste fim de semana, com a proximidade da banca do mestrado me dei conta de tanta coisa q realizei este ano, e dos bons resultados q tenho colhido – ate mereço ser condescendente comigo mesma se por acaso uma ou outra meta ficar pra tras, como aconteceu algumas vezes em anos anteriores, afinal, me reporto pra mim mesma (o q no entanto nao facilita a minha vida, dado meu alto grau de auto-exigencia rs). E no fim deste ano, qdo fizer minha revisao final…nao receberei premio algum por ter conseguido conquistar tudo q queria, por ter sido organizada o suficiente pra dar conta de tudo, etc…os premios sao as proprias realizaçoes. E se algo ficar pra tras? 2012 estará aí como novas oportunidades, e como qq pessoa q acumula experiencias, farei novos planos, revisados, recalculados e talvez mais flexiveis em algumas areas q em outras.

No fim o q importa é manter o foco durante a jornada e lembrar que – se nao dá pra ter tudo – temos apenas que saber prontamente o q é mais importante Smile

escolha dois apenas dois: bom, barato, rapido.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Coração apertadinho…novamente!

Pois é…depois de tanto tempo, voltei a sair com lagrimas nos olhos da porta da escolinha.

Eu queria muito um novo desafio no trabalho, após 6 anos na mesma area…e com muito esforço consegui! Eu sabia q os primeiros meses significariam uma dedicaçao maior q a q eu vinha oferecendo – mesmo q a empresa nao me cobrasse isso, eu me cobraria muito para ganhar velocidade e entender a estrutura de trabalho do grupo e da minha equipe.

A qtdd de coisas q tenho pra fazer é enorme, e a minha ansiedade em aprender logo pra me sentir no dominio da situaçao é maior ainda…

Enfim, eu sabia e acreditava q estava preparada para passar por estes primeiros meses, pois pensei muito em cada passo até aqui, e cada passo foi pensado e planejado também de acordo com a idade e autonomia da minha pqna.

Pois bem…nem terminei a primeira semana ‘oficial’ e estou me sentindo um monstro Sad smile Tenho deixado a pqna mais cedo na escolinha para conseguir dar conta das reunioes e do trabalho…nao tao cedo assim, por volta de 8h30…mas ela ia pra escola só as 10h00. Tb por conta disso tenho q garantir q ela durma mais cedo…ou nao consegue acordar em tempo. Entao, depois de pega-la já uns minutos  mais tarde q antes, chegamos em casa e tenho entre 1h e 1 1/2h para dar banho, lanchinho, trocar, dar leitinho, xixi, escovar os dentinho e ir pra cama – as 7h30. Temos tido por conta disso pouquissimo tempo de convivencia nesta semana…e eu sinceramente nao sei como lidar com esta angustia.

Hj cedo eu sentei ao lado dela e expliquei q hj a mamae deve busca-la qdo ja estiver escurinho, mas q quero ver a arte de massinha q ela vai fazer enquanto me espera. Hj a tarde vou a um evento na av. paulista e mesmo saindo de lá antes do final, as 17h00, dificilmente chegarei as 18h00 na escola…ela me perguntou ‘eu vou ser a ultima mamae?’ e eu disse ‘claro q nao, mas nao vai ser a primeira’…mas meu coraçao doeu!!! Como arranjo tempo nas horas ‘uteis’ dela pra ficar agarradinha nas proximas semanas? Ainda nao descobri.

mommy-girl-blondMesmo trabalhando depois q ela dorme, ainda precisarei dedicar mais tempo ao trabalho nestes proximos meses, e gostaria de achar a formula magica pra equilibrar a minha empolgaçao  e entusiasmo com a nova funçao, e a culpa e saudade q sinto da minha filhinha. Nao sou unica, nem a primeira, nem a ultima mãe q se sente assim, como quem esta investindo menos tempo do q o devido e merecido na coisinha mais importante de sua vida.

E agora q coloquei minha confissao de culpa no papel (e infelizmente  desta vez,  nao estou me sentindo nem um pouco melhor por isso…), back to work! A noitinha vou abraçar e beijar muito minha pacotinha, e ficar agarradinha com ela na cama, até q ela durma igual um anjinho.

domingo, 21 de agosto de 2011

Are you ready for the future?

                      j0426587

Eu tinha 10, 11 anos qdo comecei a estudar ingles no CCAA (será q ainda existe?). Pois bem…nesta epoca iamos em tres de onibus para o bairro ao lado – numa epoca em q tres meninas desta idade podiam andar sozinhas de onibus a tarde sem se a sensaçao de perigo.

O metodo do CCAA era um horror…faziam vc repetir a mesma frase mil vezes, no escuro de uma salinha pqna e sem ar condicionado, onde eram projetados slides da vida da Peggy e do Bob (ou será q era Mike?). Enfim…me lembro até hj da ‘buses are never empty at this time of the day’…frases longas eram uma sessao de tortura adicional, pq nao era apenas eu quem tinha q repetir e acertar a pronuncia, mas TODOS os outros alunos da sala.

Lutando contra o sono e o tédio, eu segui em frente…fazia as aulas todas as segundas e quartas após o colégio…enrolava com a liçao de casa e tirava o suficiente para passar de nível nas provas. Qdo estava com 14 anos terminei a oitava serie e entrei no técnico de publicidade. Passei a trabalhar meio periodo num escritorio de contabilidade e entao as aulas de ingles passaram para o sabado de manha. Aos sabados elas duravam o dobro de horas…eu passava minhas manhas enfiada naquela sala escura, quente e enfadonha, repetindo as frasesinhas em ingles…nao morri de tédio, mas qdo estava com 16 resolvi mudar de escola, fui estudar no cultura inglesa. Descobri entao um macete…eu sai do CCAA como intermediario e fui pro Cultura como avançado, me ocorreu q eu deveria mudar de escola todo semestre pra garantir um upgrade Smile

Mas enfim…arrastei a rotina de trabalhar de dia, estudar a noite durante a semana e estudar ingles e informatica aos sabados de manha e de tarde até entrar na faculdade. Na epoca da faculdade  tudo ficou mais longe…eu fui trabalhar num grande jornal no centro da cidade, estudava a noite e chegava tarde em casa, eu acordava mais cedo pra pegar carona com a minha mae e vivia um zumbi…mas queria meus sabados de manha e parei de estudar ingles. Ainda assim me lembro q meu parco ingles ajudou a instalar o fax comprado na agencia de publicidade em q fiz estagio e depois, a atender um ou outro cliente perdido q chegava no jornal.

Terminei a faculdade e peguei minhas ferias mais umas semaninhas, toda graninha q tinha guardado, aproveitei o dolar 1-1 com o real e resolvi fazer um intercambio, eu nunca havia saido do país…meu primeiro desafio era ‘chegar’ até a universidade escolhida, passando por aeroportos gigantes como os de miami e de los angeles. Fiz o intercambio e como resultado ganhei muitas fotos, amizades novas, namoradinho, viagens e ate festa de despedida! Foi uma experiencia maravilhosa, mas meu ingles…continuava fraco. Mas pra que afinal eu queria falar ingles se nao usava isso pra nada?

Bem…talvez estas escolhas tenham acontecido pq de alguma forma eu pudesse ainda que incoscientemente, prever q no futuro precisaria – de escolhas2alguma forma eu sentia q havia de me preparar para algo, ainda que eu nao soubesse bem pra que! Smile

Qdo voltei do intercambio comecei a fazer aulas particulares e foi aí q vi a minha conversaçao melhorar. Fazia, parava, fazia, parava. Trabalhei entao em empresas onde se usava algum ingles…mas acho q o q mais ajudou mesmo foi namorar gente q nao falava portugues hehehe

Os anos passaram, foquei meus estudos em testes como TOIC, TOEFL e um dia uma oportunidade surgiu, uma oportunidade de brilhar os olhos, numa multi gigante, com projetos de carreira, em time internacional, tudo de bom! Mas antes…teria q enfrentar 8 entrevistas de 1h cada, todas em ingles – e em ingles de todos os lugares do mundo, já q a equipe tinha gente em diversos países. Eu me lembro q me sentia qualificada pra vaga em termos de conhecimentos tecnicos e experiencia…mas me sentia insegura qto a vender todo este conhecimento por telefone e em ingles. Escrevi tudo q eu queria falar em colei em folhas grandes na parede. Faltei no trabalho e passei o dia das entrevistas trancada em um quarto com o telefone e as folhas coladas rsss…Deu certo, contrariando as minhas expectativas já q respondi varias perguntas sem entender direito o q me era perguntado (bem mais tarde eu entenderia q nao se tratava apenas do ingles, mas dos vicios de linguagem dos funcionarios ao usar terminologia interna com gente q nao é da empresa!). Eu consegui o emprego…e sofri alucinadamente durante os primeiros seis meses…nao entendia o q as pessoas falavam direito, boa parte do time ficava na irlanda e na primeira viagem eu quase acreditei q eles falavam qq outra coisa q nao ingles…pq o sotaque era terrivel! Hj é quase engraçado lembrar disso tudo…quase 7 anos depois…falar ingles é uma coisa tao natural qto falar portugues pra mim, qdo nao mais facil, já q muitas vezes me fogem as palavras em portugues  para descrever coisas q faço no trabalho diaramente. Isso era esperado, ‘morei’ fora do país sem ter morado ao longo destes anos, pq minha jornada de trabalho desde q entrei na empresa sempre foi 90% em ingles com meu time remoto.

Hj vejo minha filha toda feliz cantando as musiquinhas q aprende na escola, falando as cores, dando nome aos objetos e me chamando de mommy Smile penso q pra ela tudo sera bem mais facil…até os desenhos na tv a cabo ensinam ingles, espanhol, chines…ela vai fazer a primeira viagem internacional aos 4 anos…apenas 20 anos antes de sua mae rssss…ela comecou a estudar ingles aos 3 anos – num momento onde reconhece-se uma janela de oportunidade para o inicio do aprendizado de idiomas, ela irá pra uma definitivamente escola bilingue já no ensino fundamental e espero eu, nao fique entediada! Penso q ela chegará a adolescencia totalmente resolvida neste aspecto, e já tendo viajando varias vezes para outros países – podendo até mesmo fazer um intercambio durante as ferias no segundo grau. Isso se ela quiser – sei q farei tudo para proporcionar a oportunidade.

Ano passado resolvi estudar espanhol…talvez de novo um anjinho soprasse em meu ouvido para q eu me prepara-se para oportunidades que viriam. Fiz quase 1 ano de espanhol. Yo creo q ahora mi español és muy parecido com mi ingles en 2005…por sorte a velocidade pra se aprender uma nova lingua depois q vc já sabe falar mais q um idioma, parece ser maior. Muito bem…agora me encontro numa nova funçao onde sou responsavel pelo Brasil e alguns países da america latina. Já retornei minhas aulas de espanhol pq quero evitar ao maximo cair na tentaçao do portunhol, mas nao tenho a menor duvida q serao estes proximos 6 meses de trabalho q irão me tornar realmente fluente!

Bem, acho q este post justifica tb minha ausencia durante as ultimas semanas…com tantas mudanças no trabalho, tentei nao afetar meu tempo com a peqna, nem meus treinos da corrida, mas certamente muitas outras coisas foram e serao afetadas ate q eu tenha de novo o controle (nao apenas linguistico) da minha vida profissional. Mas comparado a 6, 7 anos atras…td esta mais fácil, pq me sinto pronta – ready – lista! Tenho somente q agradecer a providencia pelas oportunidades, e fico entao com a cançao…

“Gracias a la vida, que me ha dado tanto…” Smile

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O terror das visitas aos recém-nascidos

No dia em q soube q minha filha nasceria tomei uma atitude impensada…mandei um sms pros meus amigos avisando q dali poucas horas a pqna estaria conosco. Era uma sexta feira no fim de tarde. Como me arrependi daquela mensagem…

É natural q as pessoas fiquem felizes com uma noticia deste tipo, e é natural q sendo um fds, muitas decidam visitar a mae na maternidade. Muitas amigas já haviam dito até q era melhor q a visita fosse lá, pq nao estaria sozinha com o bb…q em casa seria mais cansativo, etc. etc…

Ocorre q eu nao previa o qto as pessoas estao despreparadas para fazer uma visita a um recem nascido, parecia q apenas eu e aquele bebezinho sentiamos o incomodo das vozes altas, dos flashes das fotografias, dos celulares tocando, das gargalhadas…eu queria q por milagre a maternidade tivesse proibido as visitas qdo me deUse o bom senso!i conta do terror q elas seriam ao longo de todo fds. Alem de exausta, dolorida, preocupada…eu estava abalada ao ver minha bebezinha chorando sem parar enquanto todo aquele povo estava ‘muvucado’ dentro do meu quarto,  precisando de umas boas doses da caixinha ai ao lado.

Em dado momento, já no sabado fim do dia, eu explodi, tive um ataque de choro e pedi q a enfermeira nao deixasse mais ninguem vir, fiquei aliviada qdo de repente me vi em silencio!

Depois daquela experiencia, nao me importo se a mae for minha melhor amiga…eu jamais entraria no quarto se houvesse mais pessoas, mesmo antes de ter filhos eu sempre falei baixo e nunca me esqueci de onde estava. Bem, se a mae nao for intima, aí com certeza a visita fica para qdo o nene já estiver grandinho e a pobre mae já estiver dormindo.

Qdo minha pqna estava com 3 meses e meio, fiz um almoço churrasco no salao do meu predio e convidei os amigos, aquele sim era o momento apropriado para apresentar a minha pacotinha ao mundo – ate pq podia retira-la de qq incomodo para um lugar mais confortavel. Já o contraste entre a barriga silenciosa e o quarto barulhento deve ter sido um choque Smiley triste

Bem, me lembrei de tudo isso pq a Pais e Filhos publicou um post no FaceBook com esta matéria do IG, muito interessante sobre o assunto – q vale pra todos os q ainda nao se tocaram, e pra gente mesmo nao se esquecer! Da minha experiencia aprendi apenas q, se algum dia tiver outro filho – apenas a minha familia ficará sabendo Alegre Segue o texto da matéria abaixo:

Visita exige algumas regras de etiqueta. Veja as orientações da especialista para amigos próximos, aqueles mais distantes, parentes e até para os novos avós.

1. Evite apertões
Muitas pessoas exageram no ‘carinho’ e acabam dando pequenos apertões na bochecha, beijos e toques não muito delicados nas mãozinhas das crianças. O que elas não sabem é que essas atitudes são inadequadas, pois podem trazer problemas ao recém nascido, como incômodo e até fraturas.

2. Faça uma visita curta
A primeira visita na maternidade deve ser limitada aos parentes próximos, como o pai, avós e irmãos, pois é um momento de recuperação da mãe e maior atenção à vida do bebê. Antes de aparecer, ligue e combine o horário. É elegante não ficar muito tempo.

3. Lave as mãos apropriadamente
Não se esqueça dos cuidados básicos de higiene. Lavar bem as mãos e os braços (até a altura dos cotovelos) antes de chegar perto da mãe e do bebê é imprescindível para minimizar a contaminação por vírus e bactérias

4. Se estiver doente, não vá
Se estiver com resfriado, gripe, conjuntivite ou qualquer outra doença infectocontagiosa, suspenda a visita. A ideia de que “eu não vou chegar perto, nem segurar a criança” não basta. Como o sistema de defesa do organismo da mãe e do bebê estão fragilizados, não é adequado arriscar.

5. Desligue o celular
No momento da visita, a pediatra do HC orienta amigos e familiares a desligar os celulares. A coordenadora da UTI do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo, Filomena Mello, acrescenta que o barulho dos telefones móveis são como “britadeiras” para as crianças e causam estresse nos pequenos.

6. Não use flash
Cautela também com as câmeras fotográficas e filmadoras. “A luz do flash pode causar desconforto para a criança ou despertá-la, caso esteja dormindo”, diz Vera Lúcia. E só quem é mãe de recém-nascido sabe o trabalho que pode dar fazer o filho dormir.

7. Evite aglomerações
“As visitas devem ser organizadas para não formar uma aglomeração em volta do bebê. Esse tipo de ocasião favorece contágios e excesso de barulho, e isso pode causar estresse ao recém nascido”, acrescenta a especialista do Hospital das Clínicas.

8. Não fume – nem mesmo antes da visita
Nem pense em fumar. E a restrição vale para horas antes da visita. Segundo o pneumologista Joaquim Rodrigues, as substâncias do cigarro ficam impregnadas em roupas e mãos dos fumantes. Os resíduos que permanecem são tão prejudiciais quanto a própria fumaça. O contato do bebê com o material tóxico o expõe a uma probabilidade dez vezes maior de adquirir uma pneumonia aguda e ao aparecimento de um fenômeno chamado de hiperresponsividade brônquica – uma resposta exagerada do pulmão desencadeada quando a criança tem uma maior sensibilidade a infecções respiratórias – como bronquite, rinite e otite.

Interessante, não? Apesar de parecer básico…muita gente peca por descuido. Fica a dica, vai visitar? Leve o bom senso na bolsa Alegre

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Visitante indesejada

Finalmente, aconteceu o q eu temia…em casa apenas eu, a pacota e uma barata. Para amenizar o meu desespero vou chama-la de dna. baratinha.

Em 6 anos morando neste apartamento, esta é a segunda vez q a dna baratinha vem nos visitar. Mas eu sempre me preocupei com como reagir pra que a pqna nao ficasse com medo tambem.

Por sorte ela só cruzou meu caminho depois de ter dado o leite da gatinha e já ter tomado meu café da manha tb, ou teriamos ficado as duas em jejum. Estava saindo da cozinha pra sala qdo aquela coisa horrorosa, ops, a dna baratinha atravessou a cozinha. Eu dei um pulo de desenho animado e um gritinho ridiculo e corri pra sala, onde falei ‘fica aí, fica aí’ para a gatinha. Ela nao entendeu nada, enquanto eu ia fechando a porta da cozinha e procurando almofadas para colocar no chao de forma q a dita cuja nao pudesse vir pra sala.

Ai o seguinte dialogo se deu:

- Mamae o q foi?

- Tem uma barata na cozinha e eu nao gosto de baratas!!!

- Eu tb nao gosto mamae de barata.

- Entao fica aí!

- E pq vc fechou a porta?

- Pra ela nao vir pra cá!

- Pq ela tem q ficar lá?

- Pra tia Vera matar qdo ela chegar!

- Mamae, pq vc correu e gritou?

(como dizer pra uma criança q a mae tem medo de uma coisa ridicula destas?)

- Pq eu quase pisei na barata!

- Mas mamae e pq vc nao pisou?

(pela logica se eu tivesse pisado teria matado….q m!)

- Pq eu nao gosto de baratas! Vamos fazer o seguinte, qdo vc ouvir o barulho da tia Vera destrancando a porta vc me avisa, mas nao abre a porta da cozinha.

- Tá bom mamae, eu posso gritar bem alto ‘tia Vera tem uma barata na cozinha’?

- Pode….(deve)

Ocorre q a curiosidade da criança é infinita, fiquei um tempao repetindo nao abre a porta da cozinha q no entanto é tudo o q ela mais queria, afinal, q bichinho curioso é este q faz a mamae se esconder?

Enfim, quem tem crianças pqnas sempre vive o dilema de colocar ou nao veneno na casa, dedetizar ou nao…uma vez eles ainda enfiam coisas q caem no chao na boca com frequencia, e se vc já viu um cachorro intoxicado com os venenos q se usam em casa, certamente tem motivos a mais pra resistir. Mas depois deste episodio, q eu ja previa enfrentar em algum momento no futuro, devo reconsiderar e contratar o serviço novamente.

Graças a Deus isso se deu de manha, se fosse a noite eu passaria a noite muito mal dormida!

E hj é o dia em q minha empregada super-heroína vai ganhar um aumento! Alegre

(texto sem ilustraçoes, pq nao consigo nem pensar em colocar uma imagem pra ilustrar esta situaçao!!)

sábado, 9 de julho de 2011

Um amor de quatro patas

Dificil escrever este post sem chorar, por outro lado é uma necessidade quase terapeutica escreve-lo. Era inicio de 2001 e eu havia me mudando recentemente da casa da minha mae para o meu apartamento. Pensava seriamente em terminar um namoro que ia mal, mas tb pensava q me sentiria muito mal sozinha naquele apartamento…nao queria voltar pra casa da minha mae tb. Decidi entao comprar um cachorrinho, pesquisei as raças que viviam bem em apartamentos e aceitavam bem ficar algumas horas sozinhas, etc…decidi q queria um yorkshire. Como os preços eram exorbitantes, depois de muito garimpar eu consegui um ultimo filhote de uma ninhada, vindo do litoral.

O criador ia viajar logo e me trouxe o filhote no dia seguinte – dentro do bolso da jaqueta, por uma pechincha…metade do preço normal. Pensei obviamente q poderia estar sendo enganada mas ao ver aquela bolinha de pelos pretinha, me apaixonei e nao ligava mais a minima se ele era um york ou um vira-latas. Levei a bolinha ao veterinario no dia seguinte para tomar as vacinas e descobri q ele nao tinha nem um mes ainda, q o criador havia sido um irresponsavel por desmamar o bichinho com tao pao pouco tempo…ele nao tinha um unico dentinho na boca. atilinha_sonoBem, comecei aí a aprender um pouco sobre cachorrinhos. Comprei uma raçao de desmame, e aos poucos ele foi crescendo e ficando mais fortinho…e mais sem-vergonha tb. Nao preciso dizer q dispensei o namorado-mala menos de 1 mes depois q o cachorrinho estava em casa Alegre 

Mas comecei a ter dor de cabeça no meu apartamento tb pouco depois pois com alguns meses o peludinho começou a marcar territorio dentro do pqno apartamento. Ele fez xixi em todos os cantinhos possiveis, alem de se esfregar em todas as almofadas disponiveis. Lembro q fiquei durante 2 meses testando produtos e tecnicas, ate o dia q cheguei em casa e ele estava lá…havia rasgado meu sofá num dos lugares onde eu tinha tentando um produto novo, nao havia uma unica almofada seca, e até mesmo o meu travesseiro estava molhado. Bem, na semana seguinte ele estava no veterinario para ser castrado. Ao contrario do q muita gente pensa, o cachorrinho nao fica sem ‘pipi’ por causa disso…sao as bolinhas q sao retiradas e por conta da baixa produçao de hormonios, ele tende a cessar alguns comportamentos (obsessivos) como os q estavam me incomodando. Obviamente isso deve ser feito até uns 6, 7 meses, caso contrario o cachorro pode ter criado habitos dificeis de se modificar mesmo com a castraçao. No nosso caso, resolveu, ja podia andar com ele nas ruas e ao chegar em casa já encontrava quase tudo seco.

Ele sempre foi muito brincalhão, esperto, aprendeu varios truques, adorava passear e se sentia mais valente q seu tamanho recomendava. Curiosamente ele tb tinha uma implicancia com vozes mais altas, ou com pessoas estabandas rss…foi assim com a minha empregada durante muito tempo – eu sabia q ela amava animais, e o tempo q eu estava fora ele ficava razoavelmente bem com ela, mas nao permitia q ela entrasse no meu quarto e ficava tentando morde-la sempre q eu estava por lá, ela nao podia se aproximar para falar comigo q ele avançava nela. Eu li muito sobre cachorros mas nao consegui aplicar muitos dos meus conhecimentos no comportamento dele, na verdade eu achava até um pouco engraçado.

Até o dia em q me vi gravida e o pai da minha pacotinha se acomodando em minha casa, o caos começou…o peludo nao suportava a presença dele, já havia mordido meu ex namorado antes mas o pai dela ele mordeu varias vezes. Cada passo q ele dava em casa, o peludo o cercava com os dentes de fora…eu tenho consciencia de q eu nao tive habilidade necessaria de enquadra-lo na nova hierarquia da matilha, como os cachorros se veem vivendo entre humanos. Tantas mudanças já ocorriam na minha vida q eu tinha q escolher minhas batalhas, pra algumas eu tinha soluçoes…pra outras nao. Muitas brigas e algumas mordidas depois, eu conversei com minha mae e pedi q ela ficasse com ele por um tempo. Ele gostava de lá, e já estava acostumado com o local pq ia sempre comigo lá, inclusive ficava lá qdo eu viajava. E lá na casa dela tb havia outra cachorrinha, uma poodle q compramos qdo eu ainda morava lá, gorda e peludona.

Apesar de saber q isso diminuiria minha brigas e deixaria minha gravidez seguir curso um pouco mais suave, eu sofri muito qdo o levei pra lá, foi como se tivesse q lidar com a primeira morte dele. A noite eu sentia falta de ar, e cultivei uma magoa enorme sem dúvida – por ter tido q escolher entre viver em relativa paz com o pai da minha pacota e com o cachorrinho q eu amava e já fazia parte da minha vida. Com muita culpa e uma dor no peito q nao passava eu fui melhorando com a terapia e com os tratamentos homeopaticos. Alias, na terapia já haviamos discutido algumas vezes sobre meu apego extremo ao peludinho, era bem claro q ele significa a substituiçao do filho q eu queria tanto…Mas a verdade é q eu queria tudo…o filho, a familia e o cachorro…e a realidade foi uma fase cheia de concessões, de escolhas feitas sem muita certeza.

O q me consolava é q meu companheirinho continuava perto, e sendo muito amado e bem cuidado. Mas qdo eu ia a casa da minha mae, evitava dar muita atençao a ele, queria q ele fizesse logo a transferencia para a minha mae, q nao esperasse q eu fosse leva-lo de volta comigo pra casa. Foi muito dolorido e foi aí q aprendi q amor é amor…amava pessoas e amava meu cachorro, e o sofrimento de abrir mao dele foi como o sofrimento de me afastar de uma pessoa q amava. Muitas pessoas odeiam esta comparaçao, mas a verdade é q o meu coraçao doia como se tivesse perdido alguem. Superei na base da correria, pois logo a minha filha nasceu e eu nao tinha mais tempo para nada.

atila focinhoO peludinho ia bem na casa da minha mae, até q quase 3 anos depois descobrimos q estava com diabetes. Ficou totalmente cego, perdeu seus pelos bonitos e brilhantes, emagreceu a ponto de ficar só pele e osso…vivia com as orelhinhas infeccionadas e tomava insulina todos os dias. Lembro da ultima vez q o levei ao veterinario – qdo decidi q seria a ultima mesmo. Ele sofria muito, tinha q imobilizar e colocar focinheira para qq coisa, desde fazer o exame de sangue até cortar as unhas. Eu acabei conseguindo cortar a unha dele em casa e resolvemos q nao iriamos mais submete-lo ao sofrimento dos exames…mesmo q isso significasse viver menos. Ele continuava comendo muito e latindo bastante, andava lentamente pq nao enxergava nada mas ainda ouvia bem e mantinha algum olfato – ele fazia xixi pela casa da minha mae toda…e nos preocupavamos em como fazer com ele em dias de festas já q era muito arriscado q as pessoas pissasem nele.

Ontem cheguei de uma semana de ferias maravilhosa com a minha pqna e a biza, estavamos no sol de Goiania e voltamos pro inverno de SP. Ao chegar na casa da minha mae com as malas, vejo apenas a poodle gorducha…logo dei falta do pqno. Minha mae apenas olhou, nem precisou responder…é a segunda vez q me sinto de luto pelo mesmo cachorrinho. A minha filha me abraçou e disse ‘mamae vou cantar uma musica pra vc parar de chorar’…

Qdo estudamos a domesticaçao dos animais, entendemos q os cachorros tem diferentes papeis junto aos seres humanos. Existem animais q foram domesticados para caçar, outros para guardar, outros para esquentar a cama (!!) e outros para companhia. O meu ex-peludinho cumpriu bem a funçao dele. Meu companheirinho durante 6 anos e meio, alegrando a casa da minha mae por mais quase 4 anos. Diz o kardecismo q a distancia entre o ser humano q habita este planetinha dos espiritos evoluidos e puros é praticamente a mesma distancia entre os animais e os seres humanos como conhecemos. Dizem tb q dificilmente reconheceriamos um animal qdo este chegasse a sua vida humana, como seria dificil reconhecer o adulto pelo feto q ele foi. Nao sei entao se terei a sorte de cruzar com o peludinho querido nas ‘vidas’ afora…mas agradeço muito a Deus pela oportunidade de conviver com ele e pelo amor incondicional q ele ofereceu nos anos em q conviveu conosco, ele sem duvida cumpriu com louvor seu pqno papel neste planetinha – o de fazer companhia e amar.

sábado, 2 de julho de 2011

Entre argumentos e decisões…

Sou um pouco radical nisso - eu penso q aqueles q demoram demais pra se decidir nao sao pessoas necessariamente cautelosas, mas sim lerdas. Gostaria de ser mais condenscendente, mas a verdade é q pra quem tem por habito decidir as coisas rapidamente, ter q lidar com a indecisao dos outros na vida em geral, seja no trabalho, no transito, no mercado, no restaurante (onde vc já sabe até a sobremesa q vai pedir e a outra pessoa ainda esta lá meditando sobre a entrada)…é muito irritante!. Nao importa se são decisoes cotiadianas (onde ir, o q fazer, pra onde viajar…) ou grandes (empregos, casamento, filhos, moradia…), eu sou do partido dos q se arrependem do q fizeram e nao do q nao foi feito Smiley piscando E nao me arrependo disso rsss. 

E a verdade é esta mesmo - qdo olho pra minha vida penso q até me indecisc3a3oarrependendo de ter feito algumas coisas, mas nao me arrependendo de ter deixado passar oportunidades, nem de ‘nao ter feito’ algo q gostaria de ter feito, algo q eu lamente. Acho q sou ousada o suficiente para correr riscos (q calculo a minha maneira) e buscar as coisas q quero. Claro q nem todas as minhas tentativas deram certo, mas eu nunca pequei pelo excesso de cautela ou pela indecisao…

Também já tive q justificar minhas decisoes muitas vezes – pras pessoas ao meu redor, para o mundo em geral, e acredito q minha segurança sempre se deu ao fato de eu acreditar nos argumentos q trazia, nos conceitos q sustento até hj. Eu tenho dificuldade com pessoas muito monossibilabicas ou q se expressam com dificuldade, ou q tem limitaçoes na hora de argumentar suas razoes, atitudes, opinioes. Acho q é simples entender isso – se vc tem alguem q argumenta vc tem chances de chegar em algum acordo a medida q ambos usem logicas parecidas ou um mesmo senso comum. Já com as q nao se expressam, a sensaçao de lutar contra os moinhos de vento é constante – e nada agradavel.

Bem, como mas fica qdo as crianças, nossas mini-copias – do alto dos seus 3, 4 anos – resolvem ser ‘decididas’ e se colocam a argumentar?

Na realidade a gente vive um sentimento ambiguo: orgulhinho de ver a criança se arriscando, tornando-se cada vez mais autonoma – e certa frustraçao, já q nao é possivel simplesmente se dedicir por ela rsss…é preciso ter bons argumentos para fazer com q a decisao seja aceita. De forma geral as maes se acostumam a decidir pelos filhos e acho q por impulso, perpetuam esta atitude até o dia em q ela começa a ser rejeitada por estes em alguma idade. Eu confesso q sempre evitei fazer muitas perguntas sobre o q ela quer nas coisas do dia-a-dia, coisas q vejo muitas maes perguntarem. Nunca perguntei q roupa gostaria de usar, ou o q ela quer comer na hora do almoço. A razao é simples: tem q usar a roupa adequada ao local e temperatura, minimamente limpa e combinando, ela ainda nao tem condiçoes de escolher utilizando estes critérios, talvez daqui um ou dois anos, mas hj…se depender dela,  usaria o vestido da barbie dia sim, no outro tb. E com relaçao a comida idem, tem q comer o q tem…

Mas se eu consegui evitar algumas situaçoes agindo com naturalidade diante destas coisas, já tenho visto começar a despontar umas disputinhas por aqui. Ela no entanto já aprendeu a lidar com a mae q tem…é sutil, se eu separo o tenis q esta mais limpo pra ir pra escola,  ela devolve pro lugar dele e pega o outro, nao faz isso na minha frente, simplesmente calça e disfarça, nao me fala nada rsss…Se já aprendeu a evitar embates diretos, concluiu q manha e birra nao surtem efeito, tb aprendeu a tecer argumentos afiados para justificar suas solicitacoes ou decisoes. Hoje me pegou numa destas…

Geralmente qdo esta comendo, tento evitar muitas distraçoes, pra q nao tenha q requentar a comida meia duzia de vezes enquanto ela enrola pra colocar mais uma colherada minima de comida na boca. Estamos em plena fase de paixão pelo Relampago McQueen…sim, ela se veste de princesa e carrega o carrinho pra cima e pra baixo rsss, desde q o pai a levou para ver o filme no cinema…em tempo: eu jamais ousaria dizer q carrinho é brinquedo de menino, pois a mamae tb dirige nao é mesmo? Alegre 

Mas tudo isso pra chegar a ‘pérola’…hj peguei o pacote mais cedo na escola para jantar em casa pq as sextas tento evitar o transito das 18h00…qdo ia começar a comer me pediu para colocar de  novo o filme do McQueen…e eu disse obviamente um sonoro ‘nao’ justificando q era pra que ela prestasse atençao na comidinha, depois do jantar poderia ver o filme. Até q ouvi:

- Mas mamae…eu como com a minha mao e a boquinha, e eu vou ver o McQueen com os olhinhos aqui ó (apontando ainda pras jabuticabinhas rs) e vou ouvir aqui com a orelha! (depois de ter ouvido esta, eu nem corrigi pra ‘ouvido’).

mommy-girl-blondAcha q deu pra resistir ao argumento? As vezes até viro de costas, dou risada disfarçadamente, respiro fundo e me volto para ela novamente no papel de quem acredita q esta dando uma boa recomendaçao pra filha….mas hj eu nao resisti, me rendi aos argumentos da gatinha…e ela ainda comeu tudo!

Depois refletindo sobre o qto ela esta se tornando decidida, contestadora e ‘argumentadora’ fica claro pra mim: algumas das coisas q ela melhor tem aprendido com a mamae certamente são negociar e argumentar…por hj entao, ficarei apenas com o ‘orgulhinho’ Alegre

sábado, 25 de junho de 2011

Super? Nem tanto…

Sick @ home

Pois é…mesmo tomando vitaminas diariamente, mesmo fazendo atividade fisica com regularidade, mesmo tendo IMC adequado, todos os exames em dia e com bons resultados, mesmo comendo de 3h em 3h…eu tb nao resisti! Aparentemente o ritmo de fim de mestrado, provavel troca de emprego e as minhas corridinhas estavam pesados demais…ah sim, nem menciono ‘cuidar da pacotinha’ pq isso já está subentendido Alegre

Tive uma crise aguda de labirintite, nao foi coisa pouca…primeiro q o episodio mais grave aconteceu qdo eu dirigia pra escola da gatinha! Imagine q de repente em vez do carro, parecia q eu estava na montanha russa. Foi assustador e eu só pensava tenho q estacionar o carro em algum canto enquanto todo mundo atras buzinava e xingava. Por sorte eu estava na faixa da direita e em baixa velocidade. A minha pqna tb ficou assustada…mas rapidamente mudei o foco da atençao dela pra outra coisa. Consegui voltar pra casa dirigindo e algumas horas depois a tontura voltou, desta vez em intensidade bem mais baixa, porem continua – nao dava nem pra andar direito, tudo girava pra direita e eu sentia um enjoo e um mal estar horrivel, parecia q estava absolutamente bebada sem ter bebido uma gota de alcool rsss. Levei uns 10 dias pra voltar ao quase normal, e hj ainda estou tomando remedios. Nem bem sai da labirintitie tive uma faringite – sim, q está comigo neste momento e deve permanecer até o fim da proxima semana, prazo pra q as faringites virais cessem expontaneamente.

Resultado disso tudo: uma semana sem trabalhar (por sorte feriadão prolongado agora, entao quase duas!), sem correr e por fim, quase sem voz.

Segundo a teoria de o corpo fala qdo somatiza, psicológos poderiam perguntar: o q isso signifca? E talvez elocubrar: a tontura é a instablidade ao meu redor, e a faringite minha dificuldade de ‘engolir’ esta instabilidade que me impede de planejar enquanto as coisas nao se resolvem (e q nao dependem de mim!). Ou pode signficar apenas q eu tive uma labirintite por causa ainda desconhecida (o exame de investigaçao será na proxima semana, apos o fim dos remedios) - que pode ser realmente desde uma inflamacao q agora chegou a garganta, ou até ter sido deflagrada pelo excesso de uso do computador como aconteceu uns 15 anos atras qdo terminava meu TCC na faculdade, e a faringite? Bem, significa q tive acesso a virus como os da gripe, e já vinha com minha resistencia deprimida por conta da qtdd de remedios q vinha tomando, alem do dia q passei no pronto socorro, tomando remedio na veia, onde todo tipo de virus está presente! Antes de chegar ao Einstein eu fiz uma breve ‘passagem’ pelo PS Otorrino da Ruben Berta (um horror!), apenas para dar acolhida ao virus da faringite no meio das 300 pessoa q por lá estavam aguardando atendimento.

Enfim, é isso…foram duas semanas muito complicadas, q exigiram de mim muita resignação pra lidar com a frustraCALDAS NOVASçao, e de todos a minha volta muito boa vontade, pra me ajudar com a logística…já q nao podia dirigir, andava com dificuldade e ainda tinha q levar a pqna pra escola, etc. Por sorte ela foi um docinho e colaborou muito, praticamente feliz pq todo dia tinha papai, vovó, vovô pra brincar com ela a noite em casa! Ela tem mostrado cada vez mais independencia com relaçao ao grudinho na mamãe. Ela tb por sorte nao pegou minha faringite e pelo menos até agora está otima! (amém Smiley piscando)

O q mais me deixou chateada? Bem…o trabalho atrasou, escrevi meu importantissimo review anual bem meia-boca e em ‘pedaços’ intercalando os momentos de menos tontura, tive que cancelar varias reunioes - perdi duas aulas no mestrado e ainda atrasei a entrega pro meu orientador tb, mas o q me deixou triste mesmo foi ter ficado estas duas semanas sem treinar…eu teria feito pelo menos 50km em duas semana e isso é praticamente 1/3 do q falta pra mudar meu nivel pra verdinho no Nike+, mas td bem…vou compensar pq volto hj caminhando 1h e a partir de segunda, intercalando corrida e caminhada. Como já estava condicionada, vou fazer apenas 1 semana de re-adaptacao e ai voltar a correr!

Boas noticias? Quarta feira eu estava terminando de escrever o capitulo de conclusoes finais do mestrado, qdo tocou o alarme para o exercicio de evacuacao do predio onde eu trabalho, desci 32 andares de escada, com salto…delicia! Smiley confuso - mas enfim, eu consegui terminar e mandei pro orientador. Tb achei uma revisora com preço bom, e fiz minha apresentacao na penultima aula deste semestre, considero o assunto mestrado como praticamente pronto. Tive boas noticias a respeito da minha potencial mudança da emprego, entao reorganizei minhas férias agora pra julho – por varios motivos: consegui uma boa oferta, nao vao acontecer entrevistas nas duas primeiras semanas de julho e por fim – parece q meu corpinho ta pedindo rsss!

Desta forma, viajo com o pacote e a biza pra um confortavel hotel em caldas novas, pra ficar na agua quentinha relaxando…e ir pra academia correr toda noite enquanto elas dormem. Isso vai me ajudar a voltar zerada pros compromissos que me esperam e ainda, na eventual mudança de emprego, nao ter q interromper o ritmo de trabalho logo nos primeiros meses – já q estava me programando pra sair entre set e out/11.

Resumindo – ninguem é tao super q nao possa ser afetado por alguma kriptonita por ai rsss, o problema é na vida real, identificar a nossa kriptonita e entender os limites do corpo. Nao podemos no entanto nos abater…entao tá bom, quero melhorar logo pra beijar muito minha gatinha (to ficando meio longinho de medo q ela pegue a faringite), e agora é respeitar o corpinho e voltar motivada pra recuperar o atraso q a parada forçada me obrigou a fazer: PARA O ALTO E AVANTE!

…QUE VENHA O MES DE JULHO Smiley de boca aberta

terça-feira, 21 de junho de 2011

A hora de começar de novo…?

O dia dos namorados ja passou e eu comprei o meu presentinho! Tb me diverti com a programaçao do fds, embora ela tenha sido basicamente infantil, é bom encontrar amigos queridos! Mas ouvi uma amiga q tb é separada e tem uma filha se lamentar…disse q fica deprimida nesta data! Eu acho q quem quer mudar uma situacao – seja ela qual for – tem fazer sua parte. Isso vale pra um novo emprego, um novo titulo, um novo relacionamento…nao da pra ficar esperando alguem bater a porta e acreditar q os filhos nos impedem de namorar. Qdo a gente tem interesse ‘cria’ tempo, como eu disse a ela, o q falta é motivaçao…e nao tempo Smiley de boca aberta

Bem, mas pra mim é uma data apenas, que nao deveria nesta altura da vida ser levada tao a serio…e se eu nao passei muitos dias dos namorados sozinha, tb nao posso dizer que todos os q passei acompanhada  foram necessariamente felizes. Entao a data nao me deixa nj0423103em triste nem feliz…só q hj nao enfretaria fila pra jantar fora num dia como estes de jeito nenhum, isso sim me deixaria muito  irritada! Smiley mostrando os dentes

Bom, mas resolvi escrever sobre este assunto pq de novo estava lendo mais um dos deliciosos textos do Fabricio Carpinejar…gosto demais do que ele escreve, e ja mencionei-o aqui em outro post. Acredito q pelo tom dos textos dele, deve ter uma legiao imensa de admiradoras.
Pois bem, eu dei de cara com este texto do livro dele (Canalha!). Me dei conta de algo interessante…qdo eu era mais nova namorei durante alguns anos um homem q tinha dois filhos…nunca me importei com isso. Qdo conheci o pai da minha fsingle dadilha, ele já tinha um filho e eu tb nao me importei. Posso traduzir o ‘nao me importei’ em: este jamais seria um fator eliminatório para começar uma relaçao – como por exemplo seria se algum deles fumasse!

Os homens tb parecem nao se importar com o fato de serem separados e com filhos, novamente pq nao ficam com o pacote o tempo todo, isso significa q a disponbilidade deles para novas relacoes é maior, portanto, dificilmente a gente vai dar de cara com uma campanha para um pai arrumar uma namorada. Isso acontece com a mesma naturalidade q acontecia antes de ele ser pai (ou nao acontece como nao acontecia antes tb!).

Mas tem um motivo tb para que as mulheres levem na boa os homens com filhos…eu nunca vi os filhos como impecilho, era divertido ter finais de semana com atividades diferentes, envolvendo as crianças, eu nao tinha filhos e gostava qdo pensavam q eles eram ‘meus’ tb.  Claro q nem sempre as coisas sao tranquilas, mas o comportamento do pai ou da mae deve colaborar para evitar os desgastes entre os pqnos e as namoradas ou namorados. O q eu quero dizer com isso?? Bem obviamente os dois tem q concordar minimimamente sobre os limites para crianças…e daí, quem tem q por os limites é o pai ou a mae, e nunca deixar o papel de bruxa pra madrasta ou padrasto.

Eu pelo menos penso assim – se sou eu quem toma a iniciativa de por ordem na bagunça feita pela minha filha…nao há desgaste entre as partes. Agora se o pai nao faz nada e o guri apronta todas, a companheira tem q aguentar (e aí sim a relaçao com filhos alheios se torna complicada) ou tem q tomar o papel de impor limites para si…por experiencia posso dizer, uma madrasta mesmo bem intencionada é tida como a propria bruxa qdo faz isso…

Mas enfim…olhando pelo outro lado…o de quem tem filhos…bom, eu penso q nao há ansiedade no mundo q justifique entrar numa relacao ‘mais ou menos’…nao é mais tempo de ‘tentar ver o q dá’ qdo se tem filhos. Tem q apostar com o maximo de certeza de que vai ganhar, isso significa estudar bem as cartas, fazer simulaçoes, conhecer os outros jogadores e só arriscar qdo for desfalcar a banca. Porque? simples…a gente quer evitar apresentar alguem pros filhotes q  tenha vindo apenas para uma breve passagem! Haja compreensao na cabecinha deles rsss

Mas como disse a minha amiga e escrevi la no alto – havendo ‘motivaçao’ real, toda mae arruma tempo, da mesma forma que sempre há espaço no coraçao para acomodar um novo amor.
E agora partes do texto magnifico do Fabricio…como campanha a favor de um dia dos namorados feliz para as mulheres com filhos em 2012 (obviamente…façam sua parte e saiam da toca rsss) Alegre

Namorando mulher com filho

“Namorar mulher separada com filhos já foi visto como uma dificuldade. Seria complicado conquistar a criança, conviver com o outro pai, ter um cantinho para namorar sozinho. A criança era recebida como um problema, uma restrição à liberdade e à intimidade. A suspeita é que ela não estava procurando um namorado, porém um pai para seu pequeno.
Isso mudou. Não tenho dúvida de que namorar mulher com filho pode ser muito melhor do que namorar mulher sem filho.

A mulher com filho aproveita seu espaço. Responsável para fora, e possivelmente louca e criativa com você. Ela valoriza cada ida a um restaurante como se fosse uma viagem ao exterior. Não precisa bater ponto na balada, para dizer que está feliz. Encontra o contentamento num café da manhã ou em um filme no sofá.

Não bancará a mimada ou começará discussões tolas sobre se está bonita ou não, se está gorda ou o espelho do provador é que emagrece. Não se endividará do futuro, superará as adversidades com humor. Tem a vaidade da autocrítica. Consegue ser surpreendente com as banalidades, não está comprometida em impressionar, e sim em ser verdadeira. Descobriu que a verdade é mais sedutora do que a mentira. Interessada em repartir o prazer, correr as pernas debaixo da mesa, fazer gafe acompanhada para contar às amigas.

Abrirá sua memória com a franqueza de quem consegue acalmar os pesadelos do filho. Ela vai trabalhar, cuidar da escola e da casa, do almoço e das contas, e nunca reclamará que carece de tempo para sair. Beijará como se fosse uma adolescente redescobrindo o corpo, com a diferença de que não terá medo do corpo. Não será uma sogra antecipada – tornou-se sua própria mãe. Não permanecerá muda diante de você, sobrarão assuntos para comentar, opinar e dar foras.

Não concordará com tudo para agradar, o que é mais gostoso, sua personalidade combativa, decidida, discordante não suporta fingimentos. Ao invés de brigar, irá sugerir soluções. Afinal, é o que faz todo dia. Não cobrará a ânsia de uma família, mas mostrará aos poucos o que é uma família.”


Como sempre - ímpar, engraçado e meio irônico rssss…bem, tenho q ir me preparar pq hj vou a Paris…ops, quero dizer, ao restaurante Alegre

domingo, 19 de junho de 2011

Comerciais para crianças…feitos por quem nao tem ou cria filhos!

Já faz um tempo me encontro indignada com este tema. Além de ter me formado em marketing, ainda tenho uma pós em gestao de comunicaçao pela USP, e uma especializacao em varejo pela FGV. Mas o q me torna mais habilitada a critcar a falta de bom senso destas ‘peças criativas’ é minha formaçao como MÃE.

Eu cheguei a mandar um email pro mkt da Pampili depois q uma campanha começou a causar polemica aqui em casa. Eu adoro a marca…vou continuar comprando coisas bonitinhas pra minha filha, mas como mãe fiquei indignada com a falta de senso critico de quem criou, produziu e quem aprovou o comercial.

Uma menina lindinha aparece falando sobre seu novo sapatinho, q é tudo de fofo – o tema da campanha como um todo é ‘fofura’. E sim, o sapato é fofo, a criança é fofa, o quartinho onde ela estava tb é fofo! Tudo ok, até q a campanha com um n. de inserçoes desnescessáriamente grande comecou a veicular em canais infantis de TV a cabo.

Primeiro – toda mae sabe q a criança assiste os mesmos desenhos sempre, elas nao querem ver nada novo, querem a repetiçao dos mesmos desenhos…e geralmente as crianças assistem tv nos mesmos horarios todos os dias (aqui em casa é de manha antes de ir pra escolinha e a noite antes de ir pra cama). Enfim, dito isso, PRA QUE uma pessoa especializada em planejamento de mídia compra até 2 inserções por intervalo comercial? E mais, em canais cujos intervalos sao dados em média a cada 5 minutos…imagina q até hj eu ouço a musica do comercial ecoando na minha cabeça?

Mas o q me incomodou nao foi o investimento mal feito de quem programou a mídia da campanha….(ou a lábia de quem vendeu…), mas o fato da minha pqna  - apos ter assistido o comercial (abaixo) dezenas de vezes, ter chegado com as seguintes observaçoes:

comercial da pampili 2011

-‘Mamae…mas pode subir com o sapato na cama?’ – eu estava lá preparando a comidinha dela e só respondi:

-‘Claro q nao pode né?’ – sem saber do motivo da pergunta…mas ela continuou:

-‘Mas mamae, e pular na cama pode com o sapato?’

e eu mais uma vez:

-‘Claro q nao pode, nem pular com nem sem…sua cama pode quebrar, vc pode cair…lugar de pular é no pula pula, bla bla bla’ e fui me dirigindo pra sala, qdo veio o argumento:

-‘Mas mamae pq q nao pode, pq a menina do sapatinho fofo ela pula, pula, pula na cama e ela sobe na cama com sapato e cai de bumbum na cama?’.

Bem…de forma geral, era uma oportunidade legal pra mostrar a diferença entre ‘propaganda’ e ‘conteúdo’ mas achei o tema muito complexo e disse apenas:

-‘É q este nao é o quartinho dela de verdade, é de mentirinha, se fosse de verdade a mamae dela ia falar pra ela tirar o sapato tb…’

Olha, pode parecer bobagem…mas nao é! É sim um desserviço as pobres maes q ficam martelando conceitos de bom comportamento na cabeça dos filhos. Por sorte minha gatucha é do tipo super compreensiva e q adora ‘ser convencida com argumentos’, mas conheço casos onde isso nao surte o mesmo efeito. Entao pensei comigo…a Pampili bem podia incorporar em sua equipe de marketing alguem q nao apenas tenha filhos, mas que se preocupe em educa-los, assim nao deixaria passar uma coisa grosseira como esta.

Mas nao para aí nao…estes dias eu pensava como poderia protestar contra a Abbott??? Faz mais de um ano q adotei pediasure no leitinho da manha da pqna…ela adora, e realmente acredito nas qualidades do produto. Mas que tal estar na sala com seu filho – aquele q vc quer q c-o-m-a de forma saudavel – e ouvir o comercial sugerir em alto e bom som q agora vc nao precisa mais se preocupar se seu filho nao comer, vc pode dar pediasure?!?!?!?

Eu quase atirei as latas pela janela…mas como custam o olho da cara, me controlei. Fiquei tao revoltada com aquilo…quer dizer q comer de forma saudavel é dar pediasure? (Uma campanha de sustagem tb já mostrou algo semelhante no passado.) O comercial novo nao esta no Youtube, mas da pra ser visto direto do site da Abbott – clique na imagem abaixo pra conferir.

Pediasure 2011

Veja, a criança empurra o prato e a mae prepara o copo de leite achocolatado e fica satisfeita…me poupem!!! Nem preciso comentar a reaçao da pacotinha qdo viu este comercial pela primeira vez. Se ela tivesse articulaçao verbal plena, teria dito algo como ‘que tipo de mae incompreensiva e perversa vc é?…me pede pra mastigar engolir o arrozinho com brocolis, feijaozinho e carne moida – pra q comida sendo q eu poderia ser mais feliz e saudavel tomando apenas o leitinho q adoro, e isso ainda  nos ‘aproximaria’ mais!” 

Quanta aberraçao! Esta campanha JAMAIS deveria ser veiculada numa rede de tv infantil…anunciassem na Claudia, na Marie Claire, na Wrun, no GNT, na PQP! Mas nunca este tipo de material no Discovery Kids, Disney Channel ou Nick Jr! Sei o q é querer vender um produto, pois fiz (e bem) muitos anos este trabalho…mas a falta de preocupaçao com detalhes deste tipo cria um ranço desnescessário entre a marca e boa parte das maes q se preocupam com detalhes como ‘boas maneiras e alimentaçao’ dos filhos. Eu imagino q o objetivo da campanha do Pediasure seja realmente criar awareness, se fazer conhecer junto ao público de maes…mas é preciso ser criterioso, o material com foco na mae dentro do canal infantil nao pode concorrer com os conceitos q as maes em geral pregram a seus filhos – neste tipo de canal, obviamente os filhos estarao expostos a campanha, com seus diferentes graus de (in)compreensao. O n. de criticas q já li a respeito mostra q muita gente compactua com esta percepçao negativa…

Enfim…a pergunta pra quem faz comerciais para crianças deveria ser…vc ficaria feliz se seu filho visse esta mensagem 50 vezes numa semana?

Bem…como nao gosto de ficar só resmungando, penso q é preciso fazer algo. Eu escrevi pra Pampili e recebi uma resposta superficial e generica…nem me dei ao trabalho de escrever pra Abbott – mas achei um local interessante para endereçar questoes como estas, e deixo aqui como dica para outras maes: Instituto Alana – Projeto Criança e Consumo, onde é possível registrar suas denuncias sobre propagandas consideradas inadequadas. Como sou uma consumidora exigente, registrei a minha lá…e aqui, bem, como sou uma mae persistente, continuarei minha jornada diaria para q minha filha tenha boas maneiras e coma ‘comida’ na hora da comida.

Hora de desligar a tv…fui!      Smiley nerd