Em tempo...

Me parece que a maior crise da atualidade é a escassez de tempo! O tempo está minguando... Mas onde foi parar afinal? Está escondido no trânsito? Na má organização pessoal? Ou disfarçando a preguiça? Seja como for, eu também sofro deste mal - agravado pelos multiplos papéis que desempenho - tenho visto os anos passarem sem que o desejado 'tempo' fique mais disponível! Este blog é um desafio pessoal, pretendo imprimi-lo para compartilhar com minha filha qdo esta crescer - espero q ela tenha mais habilidade que eu para gerenciar sua vida profissional, academica e as demandas dos meus netinhos :D


sábado, 2 de julho de 2011

Entre argumentos e decisões…

Sou um pouco radical nisso - eu penso q aqueles q demoram demais pra se decidir nao sao pessoas necessariamente cautelosas, mas sim lerdas. Gostaria de ser mais condenscendente, mas a verdade é q pra quem tem por habito decidir as coisas rapidamente, ter q lidar com a indecisao dos outros na vida em geral, seja no trabalho, no transito, no mercado, no restaurante (onde vc já sabe até a sobremesa q vai pedir e a outra pessoa ainda esta lá meditando sobre a entrada)…é muito irritante!. Nao importa se são decisoes cotiadianas (onde ir, o q fazer, pra onde viajar…) ou grandes (empregos, casamento, filhos, moradia…), eu sou do partido dos q se arrependem do q fizeram e nao do q nao foi feito Smiley piscando E nao me arrependo disso rsss. 

E a verdade é esta mesmo - qdo olho pra minha vida penso q até me indecisc3a3oarrependendo de ter feito algumas coisas, mas nao me arrependendo de ter deixado passar oportunidades, nem de ‘nao ter feito’ algo q gostaria de ter feito, algo q eu lamente. Acho q sou ousada o suficiente para correr riscos (q calculo a minha maneira) e buscar as coisas q quero. Claro q nem todas as minhas tentativas deram certo, mas eu nunca pequei pelo excesso de cautela ou pela indecisao…

Também já tive q justificar minhas decisoes muitas vezes – pras pessoas ao meu redor, para o mundo em geral, e acredito q minha segurança sempre se deu ao fato de eu acreditar nos argumentos q trazia, nos conceitos q sustento até hj. Eu tenho dificuldade com pessoas muito monossibilabicas ou q se expressam com dificuldade, ou q tem limitaçoes na hora de argumentar suas razoes, atitudes, opinioes. Acho q é simples entender isso – se vc tem alguem q argumenta vc tem chances de chegar em algum acordo a medida q ambos usem logicas parecidas ou um mesmo senso comum. Já com as q nao se expressam, a sensaçao de lutar contra os moinhos de vento é constante – e nada agradavel.

Bem, como mas fica qdo as crianças, nossas mini-copias – do alto dos seus 3, 4 anos – resolvem ser ‘decididas’ e se colocam a argumentar?

Na realidade a gente vive um sentimento ambiguo: orgulhinho de ver a criança se arriscando, tornando-se cada vez mais autonoma – e certa frustraçao, já q nao é possivel simplesmente se dedicir por ela rsss…é preciso ter bons argumentos para fazer com q a decisao seja aceita. De forma geral as maes se acostumam a decidir pelos filhos e acho q por impulso, perpetuam esta atitude até o dia em q ela começa a ser rejeitada por estes em alguma idade. Eu confesso q sempre evitei fazer muitas perguntas sobre o q ela quer nas coisas do dia-a-dia, coisas q vejo muitas maes perguntarem. Nunca perguntei q roupa gostaria de usar, ou o q ela quer comer na hora do almoço. A razao é simples: tem q usar a roupa adequada ao local e temperatura, minimamente limpa e combinando, ela ainda nao tem condiçoes de escolher utilizando estes critérios, talvez daqui um ou dois anos, mas hj…se depender dela,  usaria o vestido da barbie dia sim, no outro tb. E com relaçao a comida idem, tem q comer o q tem…

Mas se eu consegui evitar algumas situaçoes agindo com naturalidade diante destas coisas, já tenho visto começar a despontar umas disputinhas por aqui. Ela no entanto já aprendeu a lidar com a mae q tem…é sutil, se eu separo o tenis q esta mais limpo pra ir pra escola,  ela devolve pro lugar dele e pega o outro, nao faz isso na minha frente, simplesmente calça e disfarça, nao me fala nada rsss…Se já aprendeu a evitar embates diretos, concluiu q manha e birra nao surtem efeito, tb aprendeu a tecer argumentos afiados para justificar suas solicitacoes ou decisoes. Hoje me pegou numa destas…

Geralmente qdo esta comendo, tento evitar muitas distraçoes, pra q nao tenha q requentar a comida meia duzia de vezes enquanto ela enrola pra colocar mais uma colherada minima de comida na boca. Estamos em plena fase de paixão pelo Relampago McQueen…sim, ela se veste de princesa e carrega o carrinho pra cima e pra baixo rsss, desde q o pai a levou para ver o filme no cinema…em tempo: eu jamais ousaria dizer q carrinho é brinquedo de menino, pois a mamae tb dirige nao é mesmo? Alegre 

Mas tudo isso pra chegar a ‘pérola’…hj peguei o pacote mais cedo na escola para jantar em casa pq as sextas tento evitar o transito das 18h00…qdo ia começar a comer me pediu para colocar de  novo o filme do McQueen…e eu disse obviamente um sonoro ‘nao’ justificando q era pra que ela prestasse atençao na comidinha, depois do jantar poderia ver o filme. Até q ouvi:

- Mas mamae…eu como com a minha mao e a boquinha, e eu vou ver o McQueen com os olhinhos aqui ó (apontando ainda pras jabuticabinhas rs) e vou ouvir aqui com a orelha! (depois de ter ouvido esta, eu nem corrigi pra ‘ouvido’).

mommy-girl-blondAcha q deu pra resistir ao argumento? As vezes até viro de costas, dou risada disfarçadamente, respiro fundo e me volto para ela novamente no papel de quem acredita q esta dando uma boa recomendaçao pra filha….mas hj eu nao resisti, me rendi aos argumentos da gatinha…e ela ainda comeu tudo!

Depois refletindo sobre o qto ela esta se tornando decidida, contestadora e ‘argumentadora’ fica claro pra mim: algumas das coisas q ela melhor tem aprendido com a mamae certamente são negociar e argumentar…por hj entao, ficarei apenas com o ‘orgulhinho’ Alegre