Eu venho de uma família afetivamente contida. A minha infancia passou assim, pouco beijo, pouco abraço, pouco eu te amo…elogios contidos e discretos.
Por algum motivo era assim…nao que todas as familias fossem assim, tinha amigas com familias mais expressivas, mas a minha era assim.
Qdo minha filha nasceu eu fiquei tao apaixonada…me lembro de um dia qdo conversava com o pai dela sobre isso, e ele comentava q a familia dele tambem tinha sido fisicamente distante. Ficamos imaginando se os pais eram assim pq os avós tb eram…etc…mas a mais interessante constataçao foi a de que, nós, independemente do fato de termos aprendido a ser assim, NAO conseguiamos ser assim…a gente amava muito e tinha q mostrar o qto amava!
Por isso beijo muito, abraço muito, faço muito carinho, dou muito colo e muito mimo…elogio bastante e digo que ela é linda o tempo todo. Claro, tb sou uma mae brava em muitos momentos…mas sou uma mae muito carinhosa e afetivamente expressiva.
E fico muito feliz qdo percebo a segurança da minha peqna em falar q ‘eu sei mamae, é q vc me ama muito!’ como quem sabe que a água é molhada ou q o vento balança os cabelos!
Nao acredito em ter q ser comedida pra ela nao ser mimada…eu quero mesmo q ela lembre-se a vida inteira do qto seus pais amavam muiiiiiiiiiiiiiiiiiito tudo nela. E nao há pedagogia no mundo q vá me convencer q este amor explicito faz mal!
-‘Nao é mamae? q vc me ama muito do tamanho da lua?’
-‘É sim, do tamanho da lua e do sol’
-‘E eu mamae tambem, te amo do tamanho da lua do sol e da nossa rua tooooooooooooooodinha!’