Em tempo...

Me parece que a maior crise da atualidade é a escassez de tempo! O tempo está minguando... Mas onde foi parar afinal? Está escondido no trânsito? Na má organização pessoal? Ou disfarçando a preguiça? Seja como for, eu também sofro deste mal - agravado pelos multiplos papéis que desempenho - tenho visto os anos passarem sem que o desejado 'tempo' fique mais disponível! Este blog é um desafio pessoal, pretendo imprimi-lo para compartilhar com minha filha qdo esta crescer - espero q ela tenha mais habilidade que eu para gerenciar sua vida profissional, academica e as demandas dos meus netinhos :D


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Irmãos: uma infância compartilhada – para sempre.

fotos antigas de irmãsPode ser que a vida adulta torne o mundo de irmaos bastante distantes, mas eternamente eles – e somente eles! – terao as mesmas lembranças e vivencias da infancia.

Aquilo q as vezes a gente acha q nao quer compartilhar…quem numa briga com irmao nao desejou ser filho unico? Mas q internamente sabe q sua vida nao seria jamais a mesma se nao tivesse vivido suas experiencias boas e ruins acompanhadas desta participantes involuntarios.

Minha irma era terrivel, vivia aprontando, moleca…guardava tralhas no quarto q dividimos até a adolescencia…e eu vivia aborrecida pq gostava das coisas arrumadinhas. Um dia, ela achou q havia um broche na blusa pendurada no guarda-roupa. Era uma barata!!! Hj nós rimos deste episodio, mas no dia fiquei em choque! Logo eu q odiava baratas…

Seu comportamento era o oposto ao meu em varios aspectos, ela abria os brinquedos pra ver o q tinha dentro, cortava o cabelo das bonecas, desenhava nelas com canetas…até o coitado do cachorro dorminhoco, q era fofinho e ‘falava’,  foi enviado pra autopsia! Ela tinha mania de esconder os remedios em caixas embaixo da cama e de guardar um caldo knorr embaixo do travesseiro! Vai entender…Alegre

Mas qdo alguem  ameçava me ‘sentar o chinelo’ como forma saudavel da ‘educacao’ aplicada na epoca, ela se enfiava na frente impedindo q a pessoa me batesse. Apanhava junto…por sorte este episodios eram raros.

Já qdo era a vez dela – por sinal muito mais frequente q as minhas chineladas – eu me escondia e ficava chorando baixinho…com pena dela e com culpa e remorso por nao apanhar junto tb. Ela era muito corajosa, e talvez um pouco estabanada.

Acredito q vivemos com os irmaos nossas primeiras experiencias de amor in/condicional. A gente briga mas perdoa o mais rapido possivel para continuar a brincar. A gente reclama a falta de espaço, mas busca a companhia deles quase sem perceber. Com os irmaos formamos nosso primeiro clube, onde temos apoio e disputas de poder. Aprendemos q nao existe ‘nunca mais’ (nunca mais falo com vc, brinco com vc, rss) e descobrimos as possibildiades do ‘sempre’ (mas a gente sempre faz assim, a gente sempre disse assim…). Smiley de boca aberta

A verdade é q nao importa o q aconteça na vida depois q se cresce, as historias q foram vividas entre irmaos dificilmente caem no esquecimento. Afinal, sao multiplas as cabeças a recoradarem os acontecimentos, cenas, emocoes – q eram ‘in’compreendidas de forma similar por quem era criança na mesma epoca, no mesmo cenário, no mesmo contexto…

Eu olho pra minha filha e penso…q bom seria se ela tivesse um irmao ou irma q vivesse com ela. Ela tem um meio-irmao por quem tem verdadeira adoraçao, mas q alem de uma diferenca de idade consideravel, a ve esporadicamente. Tem tb uma priminha de quase a mesma idade, q será uma grande companheira no futuro, mas q tb…nao vive embaixo do mesmo teto. E tem uma mae q a ama demais. DEMAIS! Tadinha…como é bom ter alguem pra ‘dividir’ o risco de ser pego, de levar bronca, de aprontar. Se a mae tem um foco apenas…nao da pra escapar!

Tanto do lado do filhos, qto do lado das maes – acho q ter mais q um filho só traz beneficios (ainda q sim, exija mais tempo, dinheiro, dedicacao, preocupacao, etc…) Eu sou a favor dos irmaos, e confesso q ainda tenho preconceito com filhos unicos…ainda acho q minha filha sera mais mimada do q se tivesse irmaos vivendo com ela, q tera uma percepçao de ‘o mundo gira a sua volta’ alongada por conta disso. Acho q filhos unicos representam uma ambiguidade – tem-se exclusividade em tudo, recursos, atençao e até mesmo – em cobranças. No final sobra só pra eles as expectativas e sonhos dos pais, e ainda – o acompanhamento solitario do evelhecimento destes - q adoecem, q precisam de apoio e cuidados, cuidados os quais estes filhos unicos nao terao com quem dividir, seja o trabalho em si, ou a culpa por nao assumi-lo. Tb nao terao com quem chorar a perda dos pais, nem se consolar em relembrar as historias deles. Eu penso que, ser filho unico deve ser uma experiencia tao plena na infancia, qto solitaria na maturidade.

Enfim, este texto abaixo apareceu postado nos comentarios de um blog q sigo – mas achei tao perfeito q tive q copia-lo. Nao sei precisar a fonte, pode ser a pessoa que postou (Celize) mas como seu perfil nao era publico, nao pude contata-la pra confirmar. Seja ela ou quem for – dado q deixo explicito aqui q nao é meu – o autor conseguiu condensar diversos motivos pelos quais eu sempre quis ter mais q um filho. Sempre achei q nenhuma criança merece aguentar sozinha todo amor q uma mae tem pra dar…pode ser dificil respirar!

Nao sei se o futuro me permitirá ter mais filhos biológicos, já q tenho 37 anos e nenhum plano de curto ou medio prazo para ser mae novamente – principalmente pq nao gostaria de repetir uma gravidez (ainda que desejada, inesperada) novamente! Mas ficam os argumentos abaixo, q pra mim sao latentes e intutivos – para mães melhores preparadas mas q as vezes precisam de um ‘empurraozinho’. Alegre

Se um dia optar por ter filhos, não tenha apenas um.

Não o obrigue a crescer falando sozinho, apegando-se as pessoas com mais ardor do que o necessário, agindo por pura carência e medo da solidão, que lhe foi sempre a única companheira inseparável.
Não deixe que ele cresça sendo o centro das atenções, que tenha vergonha das descobertas que faz sobre a vida e seu próprio ser por achar que está só, também nestas descobertas.
Se além de filho único lhe faltar um dos genitores, não substitua este por bens materiais.
Deixe-o perceber que ser diferente já é normal.
Você que pretende ser mãe, não se obrigue a ter um marido, mas não abra mão de ter ao menos dois filhos.
Filho único não aprende a amar na medida certa, não aprende a dividir o que tem e o que lhe falta. Filho único carrega responsabilidades grandes demais em seus ombros.
Vai passar a vida atrás dos próprios sonhos e dos sonhos dos pais.
Vai se anular para ser o que os pais idealizaram.
Vai ter dificuldade com separações, mesmo as naturais.
Vai procurar em cada amigo um substituto pro irmão que não lhe foi dado, e amigos, são amigos...irmãos são irmãos. Se você tem um ou mesmo que não tenha, você sabe a diferença.
Um dia me disseram que se eu me colocasse em posição de quatro apoios e me curvasse para olhar entre as pernas, era uma crença popular para se ganhar um irmão.
Eu fiz, e fiz pedidos em orações, e fiz promessas...
Os pais sonham com o futuro de seus filhos, universidade, profissão, casamento. Pode ser que seu único filho nunca se case ou abandone a universidade. E sua decepção, suas cobranças serão únicas como ele. Suas expectativas serão únicas, seu carinho e amor, suas preocupações e exageros terão um só foco. Aquele que veio ao mundo pra ser único, sozinho, singular.