Em tempo...

Me parece que a maior crise da atualidade é a escassez de tempo! O tempo está minguando... Mas onde foi parar afinal? Está escondido no trânsito? Na má organização pessoal? Ou disfarçando a preguiça? Seja como for, eu também sofro deste mal - agravado pelos multiplos papéis que desempenho - tenho visto os anos passarem sem que o desejado 'tempo' fique mais disponível! Este blog é um desafio pessoal, pretendo imprimi-lo para compartilhar com minha filha qdo esta crescer - espero q ela tenha mais habilidade que eu para gerenciar sua vida profissional, academica e as demandas dos meus netinhos :D


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Contra o imprevisto não existe proteção

E como prever tudo? A gente já vive uma neurose constante tentando prever…e maior ainda com o que nao pode prever!

Mesmo antes dos casos recentes de ladrões q roubaram o carro onde haviam crianças nas cadeirinhas, eu já me via neurótica com isso. Primeiro coloquei a cadeirinha do lado oposto ao do motorista, pq facilitava a visao da pqna…um dia fiquei intrigada com a possibliidade de ser assaltada e ter q tira-la do carro. Do outro lado ela estaria bem mais distante q ali, atras do banco do motorista. Troquei a cadeirinha por pensar q estaria mais ‘a mao’ em uma situaçao de risco…depois nao conseguia nem colocar a senha do cartao no posto de gasolina a 2mts do carro sem tira-la da cadeirinha…tudo passava pela minha cabeça.

Eu confesso q em alguns momentos eu tinha q lutar contra os pensamentos de coisas ruins q poderiam acontecer qdo eu estava em transito com ela – comecei a evitar sair de casa com ela, primeiro em determinados horarios, depois em distancias maiores…este medo foi crescendo, crescendo e eu comecei a ficar preocupada q se tornasse uma fobia mesmo. As coisas melhoraram depois de 1 mes de medicacao q foi providenciada na verdade para facilitar a minha ansiedade durante uma das viagens a trabalho…Ao mesmo tempo, parei de ler coisas sobre violencia (ainda leio sobre acidentes com crianças pq acho importante aprender com a experiencia de outras pessoas), parei de ver noticiarios sobre violencia e consegui controlar aqueles pensamentos ruins…mas a ansiedade que sinto sempre q penso no qto somos frageis para proteger nossa cria…é ainda imensa!

A verdade é q lido com este fantasma todos os dias e nao acho q estou só – é este sentimento q pais e maes tem de impotencia abissal qdo pensa em como proteger seus filhos diante a violencia do mundo…

Eu estou bastante abalada com a morte das crianças na escola em Realengo no RJ…eu havia acabo de deixar a minha filhota na escola qdo liguei o radio no carro e ouvi a noticia chocante de que um homem havia entrado na escola e disparado contra crianças…demorei pra processar: ‘como assim? na escola…onde a gente acha que nossos filhos estao SEGUROS? como - aqui no Brasil??? onde a maior parte dos crimes ainda sao motivados por problemas sociais??’

Graças a Deus tive um dia muito corrido no trabalho, o q me fez mudar o foco ao longo de dia…tb nao tive tempo nem de espiar a camera da escola da minha filha, ou de ver o q estava sendo publicado ao longo do dia. Mas ao chegar em casa, depois de coloca-la pra dormir, nao pude conter minhas lagrimas diante da cobertura jornalistica. E obviamente de pensar…o q nós, pais e maes, podemos fazer para proteger nossos filhos? Nao muito…

Nos podemos educa-los para a autosuficiencia, podemos ensina-los a desconfiarem do suspeito, podemos rezar…e acho q é esta a parte mais complicada.

Até mesmo pra mim, q acredito no espiritismo kardecista, no budismo, e em outros ismos q nos confortam diante das situacoes dramaticas da vida – ainda nao me sinto ‘evoluida’ o suficiente para aceitar o ‘seja feita sua vontade senhor’ – fico pensando na dor daquelas familias e imaginando como uma mae pode sobreviver despedaçada. Peço a Deus todos os dias q me deixe morrer bem velhinha…pra ter tempo de acompanhar todos os momentos bons e dificeis da minha filha – mas antes disso – peço a Ele que me faça a caridade de jamais me deixar sobreviver a ela. Nenhum pai ou mae deveria merecer passar por isso…pq a dor de viver depois deve ser insuportável demais para se lidar.

Continuarei rezando pela proteçao dela – até pq nao tenho outra lutoopçao a nao ser aceitar o peso da minha impotencia diante da violencia do mundo – seja das pessoas (como este psicopata…), seja da natureza (como tantas familias q perdem seus filhos em tragedias naturais – terromotos, tsunamis, desabamentos, alagmentos, etc…). Nos resta ter fé ou será muito dificil manter a sanidade cada vez q nos deparamos com noticias como estas. TRISTE.