Em tempo...

Me parece que a maior crise da atualidade é a escassez de tempo! O tempo está minguando... Mas onde foi parar afinal? Está escondido no trânsito? Na má organização pessoal? Ou disfarçando a preguiça? Seja como for, eu também sofro deste mal - agravado pelos multiplos papéis que desempenho - tenho visto os anos passarem sem que o desejado 'tempo' fique mais disponível! Este blog é um desafio pessoal, pretendo imprimi-lo para compartilhar com minha filha qdo esta crescer - espero q ela tenha mais habilidade que eu para gerenciar sua vida profissional, academica e as demandas dos meus netinhos :D


sexta-feira, 29 de abril de 2011

A casinha branca!

Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo a minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer

Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher

Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer

Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão

Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer


A música é triste, mas nem por isso menos linda! Tenho namorado tanto a ideia de ter uma casinha para ir aos finais de semana com a minha gatinha ja faz quase 2 anos…onde ela pudesse andar de bicicleta com outras crianças, correr e gritar pelas ruas do condominio (o q a mamae nao deixa fazer dentro do apertamento rss)

Semana passada fomos para Jundiaí – eu, ela, a vovó, o vovô, a biza e a tia-avó! Foi um dia diferente pra ela, mas pra mim…me senti como uma criança indo ver um desejado brinquedo novo, enquanto junta moedinhas no cofrinho pra compra-lo Alegre 

Eu me lembro de qdo minha mae comprou o apartamento q tivemos na praia durante muitos anos, eu e minha irmã pulávamos pela varanda do apartamento pedindo ‘compra, compra, compra’!  Eu já era praticamente adolescente, mas aproveitamos tanto aquele lugar. As ferias eram longas e a gente sempre voltava pra casa completamente preta (quem ligava pra filtro solar naquela epoca?), o q importava é q juntavamos as amigas da rua com as novas amizades da praia, os paquerinhas…e tenho lembranças muito gostosas destas fase! Queria q a minha pqna pudesse viver fins de semana diferentes – e isso tb acabaria com a minha necessidade de sempre inventar algo pra fazer com ela, ja q nao da pra ficar trancada num ape no fds com criança (e quem conseguirá trancar qdo for adolescente?)

Bem, nem compramos a casinha ainda, mas eu ja pesquisei os modelos de piscina, de deck, caminhas integradas pra crianças, espriguiçadeira, rede… Alegre 

A parte boa é q nao estou animada sozinha, sei q a familia toda curtiu a idéia – até pq hj nao daria pra eu compra-la sozinha! Preciso resolver outras questoes antes disso, para poder tomar uma decisao final e começar a gritar ‘compra, compra, compra!’ rsss – mas estou muito motivada. Me lembro de um dia em q o proprietario de uma empresa onde eu trabalhava, pediu que todos nós escrevessemos num papel ‘por que viemos trabalhar’ – e depois, que colassemos em um lugar q estivesse bem visivel ao longo do dia.

Ele queria q escolhessmos objetivos tangiveis…coisas q queriamos fazer ou realizar q dependiam do nosso salario para serem alcançadas. Bem…na epoca eu coloquei varias fotos de noronha, casinha brancanatal, jericoacora, paris… na janela em frente a minha mesa – pra mim, naquele momento, o dinheiro significava oportunidades de viajar para outros lugares maravilhosos que ainda nao havia visitado. Isso já faz muitos anos…mas hj imprimi a foto da casinha e colei junto as fotos da minha filhota, no vidro onde no passado teriam ficado as fotos de jeri, paris, veneza, noronha, entre outros destinos na minha mesa…eu tenho certeza de q terei a minha casinha branca, daqui alguns meses mais ou alguns meses menos, mas vou deixar a fotinho la, só pra nao perder a inspiração! 

Algo me diz q até o final deste ano estarei cantando o refrão da música um pouquinho diferente:

“TENHO uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer”

Sol

domingo, 24 de abril de 2011

Os primeiros três & fantásticos aninhos

Depois de passar 4 dias com minha filha, a vida volta ao normal na segunda feira. O q é a vida normal? Nao necessariamente a que eu queria ou q ela queria…mas a q podemos ter.

Eu sou afortunada por poder deixa-la na escola lá pelas 10h da manha e busca-la cedo, as 5h00 da tarde. Ela fica 7h por dia na escola…mas existem crianças q ficam 12h! Ela tem a mamae pra dar banhinho, leitinho, todo dia de manha e no fim de tarde, a noite…e sempre foi assim…ela sempre teve este tipo de cuidado diretamente da mae dela. Tivemos uma boa babá durante 2 anos, babá cujas funçoes nao incluam coisas como fazer a papinha ou dar banho, pq eu sempre quis fazer estas coisas pessoalmente. Tudo o q eu pude fazer pessoalmente eu fiz, e continuo fazendo até hj.

Eu coloquei a pqna na escola qdo ela fez 2 anos e meio, pq comecou a pular o sono da tarde e estava passando horas demais na frente da tv, achei q aquele era o momento para comecar a mudar a rotina dela. A transiçao foi lenta, começou com frequentar das 13h00 as 17h00, depois passou a ir de manha 2 x por semana tb até q passou a ir todos os dias das 10h00 as 17h00. Ela resistiu no inicio…mas hj adora. E qdo percebo ‘HJ’ o qto ela adora, tenho certeza q tem a ver com os vinculos q estabeleceu la, com a motivaçao para participar das aulinhas de ingles, ballet, judo, musica, ed. fisica…, tb com a configuraçao da escola (nao existe escola perfeita – mas existem algumas q sao mais ou menos adequadas a determinados perfis de crianças). Mas o q eu tb sei é o qto ela ama qdo estamos só nos duas em casa juntinhas pintando, cantando, contando historias…ou ainda qdo recebe a visita do pai, do irmão, dos avós, ela vibra qdo digo q teremos uma noitinha diferente com algum convidado pra brincar (principalmente se souber q eu estou em casa, mesmo q eu fique no meu escritorio trabalhando enquanto ela se diverte na sala rs).

Li esta materia recentemente na Revista Epoca. O autor – Steve Biddulph – defende q nenhuma criança deveria ir pra escolinha antes dos 3 anos. Dane-se a polemica q ele possa gerar…sabemos q existe um mundo de pedadgos q devem odia-lo, assim como muitos pais tb…e ainda sabemos de todos os contextos sociais impeditivos de tornar realidade o mundo ideal q ele descreve…o q nao impede-o de levantar a bandeira da campanha em prol da convivencia estendida dos pais com as crianças na primeira infancia. Acho fascinante…intuitivamente concordo com ele até meu ultimo fio de cabelo. Acredito q um dia um destes paises pqnos e ricos será o primeiro a comprar estudos deste tipo e subsidiar verdadeiramente a licença da mae durante um periodo estendido como este.

Hj o Brasil oferece 4 meses de licença maternidade…com possibilidade de 6 em algumas cidades, empresas, no funcionalismo publico, etc. Nao é ruim nao….existem licencas muito menores em varios paises e na maioria dos casos nao remunerada integralmente como é aqui. Mas tb existem situacoes melhores - no Canadá sao 12 meses…nao é o salario integral tb, mas o seguro deles nao é de vale-coxinha Smiley piscando. Se Deus um dia me der outro filho, vou fazer o possivel e o impossivel para ter uma jornada de trabalho ainda mais reduzida neste periodo. E dificil? certamente…pq trata-se de uma situacao cheia de ambiguidades: filhos sao custos, custos se cobre trabalhando longe dos filhos Smiley triste

Enfim, deixo o materia aqui, pois recebo visitas de maes no blog com certa frequencia, pelos temas abordados nos posts. Vale a reflexão…vale o planejamento, vale pelo menos desejar.... Fiquei devendo pra minha gatinha alguns meses…mas ela é uma sortuda pelo simples fato de ter uma mae com o nivel de disponibilidade q eu tenho…


mom_and_kid_cartoonÉPOCA - Estudos dizem que as crianças devem ir para a escola quanto antes. Por que o senhor discorda?
Steve Biddulph
– Bebês não foram feitos para ir à escola nem para ser cuidados em grupo. Eles crescem e aprendem melhor quando têm um ou dois adultos cheios de amor exclusivo. Minha pesquisa é clara nesse sentido: até os 3 anos de idade da criança, é a família que tem condições de interagir com ela para um bom desenvolvimento cerebral. Ou seja, com intensidade e sintonia. É assim que o bebê aprende a se aproximar e a criar empatia – e adquire o que chamamos mais tarde de “inteligência emocional”. A melhor hora de colocar a criança na escola é a partir dos 3 ou 3 anos e meio. O certo é começar com três manhãs por semana de jardim-de-infância, com atividades educativas. Isso é bem diferente de deixar a criança todos os dias numa creche de período integral.

ÉPOCA - Qual a importância da adaptação escolar no aprendizado da criança?
Biddulph
– Estudos sobre estresse e níveis de cortisol no sangue mostraram que bebês na fase de aprender a andar sofrem o dobro de estresse quando são separados da mãe e inseridos numa creche. Foi constatado que por meses o nível de cortisol se mantém alto. Sabemos que cortisol elevado faz mal, porque atrasa o desenvolvimento do cérebro, atrapalha o sistema imune e até reduz o crescimento. Os estudos constataram que as crianças que aparentavam bem-estar, na verdade, permaneciam estressadas – elas aprenderam a esconder a emoção e a lidar com ela. É importante lembrar que, nessa fase, a idade e o preparo são cruciais. O que pode ser valioso e excitante para uma criança de 5 anos pode ser devastador e traumático para outra de 1 ano e meio. Desenvolvimento infantil é isso: a coisa certa na hora certa.

ÉPOCA - Pesquisas demonstram que as crianças se desenvolvem melhor quando são estimuladas a ganhar independência. Como oferecer a elas essa oportunidade sem prejudicá-las?
Biddulph
– Dos 3 anos em diante, elas começam a brincar socialmente. Antes disso, elas na verdade vêem outras crianças mais como fontes de concorrência e ameaça que como companhia. Quem brinca com as crianças pequenas são as mais velhas ou os adultos. Você não vê bebês tomando conta uns dos outros. Eles apenas brigam. Forçar essa interação social pode atrapalhar o aprendizado, de acordo com estudos internacionais que acompanharam milhares de crianças. Eles descobriram um fator de risco triplo: as muito novas que vão à creche com freqüência e passam muitas horas ali se tornam agressivas, ansiosas e desobedientes. E perdem o vínculo com a mãe. É importante ver isso em perspectiva. O número de crianças “desajustadas” cresce de 6% (em lares de bebês criados em casa) para 17%, nesses casos. Os pesquisadores acreditam que provavelmente toda criança criada em creche é de alguma forma prejudicada. Mas não criemos pânico. Pôr seu filho numa creche não é crime, mas é uma opção menos valorosa.

ÉPOCA - O que há de errado com as creches?
Biddulph
– Para algumas crianças, pode ser uma experiência triste e danosa. O que se aprende nos primeiros anos de vida é a socialização: como confiar, se sentir seguro e ser alegre. Esse aprendizado é precioso demais para colocá-lo em risco no ambiente caótico de uma creche, barulhenta, com crianças demais. As creches estão distantes da imagem idealizada que elas vendem. A equipe muitas vezes é desqualificada, e os profissionais mais atenciosos costumam estar ocupados e estressados. Ali, as crianças são tratadas como grupo e não podem ser amadas ou cuidadas individualmente. As interações amorosas que elas têm com a mãe e o pai centenas de vezes por dia acontecem menos de 20% do tempo na creche. Estudos com gravações em vídeo mostram que bebês nessa situação acabam desistindo de pedir atenção e tornam-se depressivos. Ficam quietos e aí são considerados bons bebês.

ÉPOCA - Como pais que trabalham o dia inteiro podem dar atenção suficiente aos filhos pequenos?
Biddulph
– O direito à maternidade e à paternidade é uma questão de justiça social. Em algumas sociedades, como nas Filipinas e na África do Sul, os pais são forçados a viver longe dos filhos por razões econômicas. É muito triste. Essa é a tragédia da industrialização. Em todo o planeta, famílias têm sido devastadas por modelos assim. Na vida em comunidade e nas aldeias indígenas, as famílias ficam unidas durante o dia. Os avós são tão bons quanto os pais, e parentes fazem um trabalho melhor que qualquer creche na maior parte dos casos. É por isso que estou fazendo campanha. Até as pessoas mais ricas têm seu papel nessa mudança, pois dão o exemplo. Nos países ricos, são os ricos que põem suas crianças em creches e têm menos tempo para cuidar delas. As pessoas pobres detestam ficar separadas de seus filhos e tendem a preferir que um membro da família tome conta das crianças enquanto trabalham.

ÉPOCA - O senhor está sugerindo que mães que colocam seus filhos em escolas os amam menos?
Biddulph
– A oferta de babás baratas para mães ricas nos países em desenvolvimento é uma tentação. Enquanto a mãe cuida da casa, a babá cuida do bebê. Como o bebê interpreta isso? Como se ele fosse tão importante quanto a faxina? Ser mãe ou pai não é coisa fácil: é algo para aprender. Se deixar a criança em uma creche for inevitável, os seguintes fatores devem ser levados em conta: quanto menos crianças por cuidador, melhor; equipe perene (para uma relação estável) e cuidadores bem pagos (para que eles se sintam bem ali). Minha pesquisa mostrou o efeito das horas em uma creche sobre as crianças. Até 1 ano de idade, não se recomenda creche por nem um minuto. Até os 2 anos, dois dias curtos (meio período) por semana. Até os 3 anos, três dias curtos por semana são aceitáveis.

ÉPOCA - Em seu livro, o senhor afirma que “tudo de que os bebês precisam é amor”. Como eles experimentam esse amor?
Biddulph
– Amor tem a ver com tempo. Quando você vê um pai amável com seu filho de colo, o tempo escoa, parece lhe restar todo o tempo do mundo. A pressa é inimiga do amor, porque o corrói e destrói. Temos de combater isso para proteger pais e filhos do estresse. Quando somos amados, nossas emoções são apaziguadas. Há muita risada, música e cantoria. Aprendemos a nos recuperar do estresse rapidamente. É difícil tornar-se amável sem ter passado por essa experiência. E a melhor fase para sentir isso é na primeira infância, nos braços dos pais. É quando se desenvolve a parte do cérebro que ama: o córtex frontal, que reconhece um sorriso, aprecia um afago, vê o mundo como seguro e interessante.


   fui…Tartaruga

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Entrega do Prêmio SEMPE!!!

Pois é, todo mundo ouve falar em Oscar, Pulitzer, Nobel…dúvido que alguem tenha ouvido falar do SEMPE. Até pq ele nao existe…foi um devaneio meu estes dias…qdo finalmente me dei conta da grande maratona em que me enfiei nos ultimos tres meses, me achei merecedora de um premio por ter sobrevivido sem perder o bom humor (muitas vezes) rsss…comprei uma caixa de brigadeiros na brigaderia e, enquanto degustava meu merecido trofeu, visualizei uma entrevista sendo feita com a ganhadora do premio SEMPE, algo mais ou menos assim…Equilibrio

Sol, 37 anos, separada, que há 6  atua em uma importante multinacional na área de tecnologia e tem uma filhinha-grudinho de 3 anos e meio, conseguiu qualificar sua tese de mestrado, concluir um curso da fgv e entregar todos os projetos do quarter na empresa nas ultimas semanas. Importante ressaltar que ela fez isso tudo sem engordar ou adoecer, sem deixar de ir buscar e levar sua filha na escolinha todos os dias, sem deixar de dar banho, brincar e coloca-la para dormir todos os dias, sem deixar de fazer as compras no supermercado todas as semanas ou de orientar a empregada diariamente, sem deixar de pagar suas contas em dia, sem deixar de levar sua filhota para passear durante o dia nos finais de semana, ou ainda leva-la ao médico, a casa dos avós, e por fim - sem deixar de fazer as unhas ou dormir (ainda que isso tenha se restringido a aproximadamente 4-5 horas por noite…). Abaixo vc le a integra da entrevista que Sol nos concedeu para gentilmente compartilhar como passou por esta fase aguda e agitada: 

- Sol, como foi esta experiencia para voce? Todos estao curiosos em saber já que o SEMPE é um premio muito cobiçado…

- Bem, antes de tudo é preciso dizer q nao dá pra se conquistar um SEMPE sem uma equipe de apoio logistico da familia, mas ainda que se conte com apoio, a experencia pode ser sim um pouco traumática…principalmente qdo se constata mais fios de cabelos brancos estreando em sua cabeça e que a dor nas costas não é mais algo eventual Smiley envergonhado

- Vc pretende continuar sua empreitada academica ao mesmo tempo em q concilia sua vida profissional e a maternidade?

- Sim…no segundo semestre penso em fazer um curso de docencia universitaria. Mas JAMAIS farei dois cursos ao mesmo tempo, a qualidade fica comprometida e a vista tb…passei a usar óculos de perto nos ultimos meses pela primeira vez na vida…Smiley nerd

- Sol, como foi fazer tudo isso sem engordar?

- Foi simples…nao dava pra almoçar quase nunca…entao tentava comer porcarias q nao fossem tao caloricas, a noite eu ficava com preguiça demais pra esquentar algo, entao fazia um lanchinho…a falta de tempo ajuda a manter o peso Smiley guardando segredo

- E o nivel de satisfaçao a sua volta como esta?

A qualificacao do mestrado foi muito boa, tenho alguns ajustes pra fazer para a defesa daqui 3 meses. O curso da FGV me deu notas boas, meu chefe tem enviados feedbacks positivos e minha filha esta feliz…logo imagino q esteja tudo bem. Polegar para cima

- O q vc acha q teve q comprometer para garantir a entrega destas metas?

Nao vi nenhum filme alem do q puder ver no aviao na volta de uma viagem a trabalho, cancelei todas as assinaturas de revista pq nao tinha tempo para le-las, nao comprimentei nenhum amigo q fez aniversario q nao tivesse conta no FaceBook, atualizava minha familia via msn mas mantinha o status de busy praticamente o dia todo, perdi a referencia do q significa atividade fisica (dos dedos da mao para cima), desliguei o telefone apos as 20h e passei a dormir 3h a 4h menos por dia…Smiley com sono

- O q vc acha q poderia ter sido feito de forma diferente para evitar estas areas sacrificadas?

Bem, eu poderia ter colocado soro e uma sonda de forma q minizasse minhas paradas para alimentacao e idas ao banheiro…poderia tb tomar apenas um banho ao dia…Irritado

- E nos proximos meses Sol, alem do curso em docencia vc tem mais projetos?

Sim, quero voltar a usar o computador para outras atividades que nao sejam academicas sem culpa - como jogar, ler noticias, etc. Quero digitar menos e me movimentar mais e desejo dormir mais horas sem sonhar com prazos e metas. Me dei de presente uma esteira profissional e voltarei a correr como fazia 4 anos atrasPresente com laço

- E o Blog Sol, como ele fica?

- O blog continuará ativo, pois mesmo na correria, qdo preciso de alguns minutos de ‘descanso’ das atividades profissionais ou academicas, relaxo escrevendo alguma bobagem – ops, por favor, nao coloca isso nao – pode dizer escrevendo alguma coisa trivial, ok? Gargalhando

- Hum-hum. Falando em descanso, e tempo pra namorar Sol, vc já tem?

Desculpe…mas nao falo da minha vida amorosa em entrevistas…Nhé-nhé

- Q pena Sol! Bem, agradecemos muito sua entrevista e desejamos a vc toda sorte nos proximos meses. Parabens mais uma vez pelo SEMPE – o prêmio de Super Equilibrista: Mãe, Profissional e Estudante!

- Ah sim, me faça um favor…coloque aí q eu dedico o meu SEMPE para todas as mulhers malucas o suficiente pra se enfiar em novas empreitadas enquanto priorizam sua cria e se dedicam para manter um alto nivel de produtividade e contribuiçao no trabalho!  Rosa vermelha

Sol, ganhadora do SEMPE

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Esforços repetitivos e seus efeitos…

Voce chega do trabalho com seu pacotinho amado…coloca no banho pq eles voltam da escolinha imundos…lava o cabelinho, ensaboa, enxagua…tudo isso entre idas e vindas ao banheiro convencendo o peqno q quer brincar um mais pouco. Enfim, tira o pacote da banheira, as costas doem pra variar mas vc o leva enrolado natenho filhos, minhas costas doem toalha para a cama mesmo assim, e começa outra luta para mante-lo parado enquanto enxuga, limpa nariz, orelha, seca tudo, passa talquinho, veste a roupinha, enfim…seca o cabelo com o secador e penteia! Deixa o pacotinho bri-lhan-do!

Finalmente senta-se para descansar um pouco ao lado do pqno, da o leitinho da noite, depois manda pro xixi, escova os dentinhos e…caminha! reza…canta musiquinha, da beijinhos de boa noite, cobre…da o paninho, o bichinho preferido, apaga a luz e…agora é finalmente a sua vez de tomar banho!

Só q vc sai do seu meio-banho com chamados de mamae mamae mamae…nem bem se seca e vai praticamente pelada para o quarto da criança pra descobrir q ela VOMITOU na cama toda…ah q beleza! depois de acalmar o pacote, vc o leva para o banheiro novamente, mãe polvoabre o chuveiro e deixa lá enquanto vc se assume a identidade secreta na mae-polvo e utiliza seus varios braços para tirar lençol, trocar fronhas, levar roupa pro tanque, deixar de molho no sabao em pó, virar o colchao, pegar roupas limpas e voltar pro banheiro. Ai vc começa tudo de novo lá de cima do ‘lava o cabelinho….e vai até o bri-lhan-do!

Meu Deus do céu!!!! Eu já perdi as contas de qtas vezes passei por isso…sempre q a gatinha tem uma tossinha eu ja fico lá de plantao, mas sempre chego tarde…e obviamente depois de coloca-la na cama pela segunda vez, tenho eu te tomar um segundo banho…e aí já se foi 1h30, um dos meus travesseiros e toda minha disposiçao pra malhar…!

Fui!….dormir…

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Irmãos: uma infância compartilhada – para sempre.

fotos antigas de irmãsPode ser que a vida adulta torne o mundo de irmaos bastante distantes, mas eternamente eles – e somente eles! – terao as mesmas lembranças e vivencias da infancia.

Aquilo q as vezes a gente acha q nao quer compartilhar…quem numa briga com irmao nao desejou ser filho unico? Mas q internamente sabe q sua vida nao seria jamais a mesma se nao tivesse vivido suas experiencias boas e ruins acompanhadas desta participantes involuntarios.

Minha irma era terrivel, vivia aprontando, moleca…guardava tralhas no quarto q dividimos até a adolescencia…e eu vivia aborrecida pq gostava das coisas arrumadinhas. Um dia, ela achou q havia um broche na blusa pendurada no guarda-roupa. Era uma barata!!! Hj nós rimos deste episodio, mas no dia fiquei em choque! Logo eu q odiava baratas…

Seu comportamento era o oposto ao meu em varios aspectos, ela abria os brinquedos pra ver o q tinha dentro, cortava o cabelo das bonecas, desenhava nelas com canetas…até o coitado do cachorro dorminhoco, q era fofinho e ‘falava’,  foi enviado pra autopsia! Ela tinha mania de esconder os remedios em caixas embaixo da cama e de guardar um caldo knorr embaixo do travesseiro! Vai entender…Alegre

Mas qdo alguem  ameçava me ‘sentar o chinelo’ como forma saudavel da ‘educacao’ aplicada na epoca, ela se enfiava na frente impedindo q a pessoa me batesse. Apanhava junto…por sorte este episodios eram raros.

Já qdo era a vez dela – por sinal muito mais frequente q as minhas chineladas – eu me escondia e ficava chorando baixinho…com pena dela e com culpa e remorso por nao apanhar junto tb. Ela era muito corajosa, e talvez um pouco estabanada.

Acredito q vivemos com os irmaos nossas primeiras experiencias de amor in/condicional. A gente briga mas perdoa o mais rapido possivel para continuar a brincar. A gente reclama a falta de espaço, mas busca a companhia deles quase sem perceber. Com os irmaos formamos nosso primeiro clube, onde temos apoio e disputas de poder. Aprendemos q nao existe ‘nunca mais’ (nunca mais falo com vc, brinco com vc, rss) e descobrimos as possibildiades do ‘sempre’ (mas a gente sempre faz assim, a gente sempre disse assim…). Smiley de boca aberta

A verdade é q nao importa o q aconteça na vida depois q se cresce, as historias q foram vividas entre irmaos dificilmente caem no esquecimento. Afinal, sao multiplas as cabeças a recoradarem os acontecimentos, cenas, emocoes – q eram ‘in’compreendidas de forma similar por quem era criança na mesma epoca, no mesmo cenário, no mesmo contexto…

Eu olho pra minha filha e penso…q bom seria se ela tivesse um irmao ou irma q vivesse com ela. Ela tem um meio-irmao por quem tem verdadeira adoraçao, mas q alem de uma diferenca de idade consideravel, a ve esporadicamente. Tem tb uma priminha de quase a mesma idade, q será uma grande companheira no futuro, mas q tb…nao vive embaixo do mesmo teto. E tem uma mae q a ama demais. DEMAIS! Tadinha…como é bom ter alguem pra ‘dividir’ o risco de ser pego, de levar bronca, de aprontar. Se a mae tem um foco apenas…nao da pra escapar!

Tanto do lado do filhos, qto do lado das maes – acho q ter mais q um filho só traz beneficios (ainda q sim, exija mais tempo, dinheiro, dedicacao, preocupacao, etc…) Eu sou a favor dos irmaos, e confesso q ainda tenho preconceito com filhos unicos…ainda acho q minha filha sera mais mimada do q se tivesse irmaos vivendo com ela, q tera uma percepçao de ‘o mundo gira a sua volta’ alongada por conta disso. Acho q filhos unicos representam uma ambiguidade – tem-se exclusividade em tudo, recursos, atençao e até mesmo – em cobranças. No final sobra só pra eles as expectativas e sonhos dos pais, e ainda – o acompanhamento solitario do evelhecimento destes - q adoecem, q precisam de apoio e cuidados, cuidados os quais estes filhos unicos nao terao com quem dividir, seja o trabalho em si, ou a culpa por nao assumi-lo. Tb nao terao com quem chorar a perda dos pais, nem se consolar em relembrar as historias deles. Eu penso que, ser filho unico deve ser uma experiencia tao plena na infancia, qto solitaria na maturidade.

Enfim, este texto abaixo apareceu postado nos comentarios de um blog q sigo – mas achei tao perfeito q tive q copia-lo. Nao sei precisar a fonte, pode ser a pessoa que postou (Celize) mas como seu perfil nao era publico, nao pude contata-la pra confirmar. Seja ela ou quem for – dado q deixo explicito aqui q nao é meu – o autor conseguiu condensar diversos motivos pelos quais eu sempre quis ter mais q um filho. Sempre achei q nenhuma criança merece aguentar sozinha todo amor q uma mae tem pra dar…pode ser dificil respirar!

Nao sei se o futuro me permitirá ter mais filhos biológicos, já q tenho 37 anos e nenhum plano de curto ou medio prazo para ser mae novamente – principalmente pq nao gostaria de repetir uma gravidez (ainda que desejada, inesperada) novamente! Mas ficam os argumentos abaixo, q pra mim sao latentes e intutivos – para mães melhores preparadas mas q as vezes precisam de um ‘empurraozinho’. Alegre

Se um dia optar por ter filhos, não tenha apenas um.

Não o obrigue a crescer falando sozinho, apegando-se as pessoas com mais ardor do que o necessário, agindo por pura carência e medo da solidão, que lhe foi sempre a única companheira inseparável.
Não deixe que ele cresça sendo o centro das atenções, que tenha vergonha das descobertas que faz sobre a vida e seu próprio ser por achar que está só, também nestas descobertas.
Se além de filho único lhe faltar um dos genitores, não substitua este por bens materiais.
Deixe-o perceber que ser diferente já é normal.
Você que pretende ser mãe, não se obrigue a ter um marido, mas não abra mão de ter ao menos dois filhos.
Filho único não aprende a amar na medida certa, não aprende a dividir o que tem e o que lhe falta. Filho único carrega responsabilidades grandes demais em seus ombros.
Vai passar a vida atrás dos próprios sonhos e dos sonhos dos pais.
Vai se anular para ser o que os pais idealizaram.
Vai ter dificuldade com separações, mesmo as naturais.
Vai procurar em cada amigo um substituto pro irmão que não lhe foi dado, e amigos, são amigos...irmãos são irmãos. Se você tem um ou mesmo que não tenha, você sabe a diferença.
Um dia me disseram que se eu me colocasse em posição de quatro apoios e me curvasse para olhar entre as pernas, era uma crença popular para se ganhar um irmão.
Eu fiz, e fiz pedidos em orações, e fiz promessas...
Os pais sonham com o futuro de seus filhos, universidade, profissão, casamento. Pode ser que seu único filho nunca se case ou abandone a universidade. E sua decepção, suas cobranças serão únicas como ele. Suas expectativas serão únicas, seu carinho e amor, suas preocupações e exageros terão um só foco. Aquele que veio ao mundo pra ser único, sozinho, singular.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Contra o imprevisto não existe proteção

E como prever tudo? A gente já vive uma neurose constante tentando prever…e maior ainda com o que nao pode prever!

Mesmo antes dos casos recentes de ladrões q roubaram o carro onde haviam crianças nas cadeirinhas, eu já me via neurótica com isso. Primeiro coloquei a cadeirinha do lado oposto ao do motorista, pq facilitava a visao da pqna…um dia fiquei intrigada com a possibliidade de ser assaltada e ter q tira-la do carro. Do outro lado ela estaria bem mais distante q ali, atras do banco do motorista. Troquei a cadeirinha por pensar q estaria mais ‘a mao’ em uma situaçao de risco…depois nao conseguia nem colocar a senha do cartao no posto de gasolina a 2mts do carro sem tira-la da cadeirinha…tudo passava pela minha cabeça.

Eu confesso q em alguns momentos eu tinha q lutar contra os pensamentos de coisas ruins q poderiam acontecer qdo eu estava em transito com ela – comecei a evitar sair de casa com ela, primeiro em determinados horarios, depois em distancias maiores…este medo foi crescendo, crescendo e eu comecei a ficar preocupada q se tornasse uma fobia mesmo. As coisas melhoraram depois de 1 mes de medicacao q foi providenciada na verdade para facilitar a minha ansiedade durante uma das viagens a trabalho…Ao mesmo tempo, parei de ler coisas sobre violencia (ainda leio sobre acidentes com crianças pq acho importante aprender com a experiencia de outras pessoas), parei de ver noticiarios sobre violencia e consegui controlar aqueles pensamentos ruins…mas a ansiedade que sinto sempre q penso no qto somos frageis para proteger nossa cria…é ainda imensa!

A verdade é q lido com este fantasma todos os dias e nao acho q estou só – é este sentimento q pais e maes tem de impotencia abissal qdo pensa em como proteger seus filhos diante a violencia do mundo…

Eu estou bastante abalada com a morte das crianças na escola em Realengo no RJ…eu havia acabo de deixar a minha filhota na escola qdo liguei o radio no carro e ouvi a noticia chocante de que um homem havia entrado na escola e disparado contra crianças…demorei pra processar: ‘como assim? na escola…onde a gente acha que nossos filhos estao SEGUROS? como - aqui no Brasil??? onde a maior parte dos crimes ainda sao motivados por problemas sociais??’

Graças a Deus tive um dia muito corrido no trabalho, o q me fez mudar o foco ao longo de dia…tb nao tive tempo nem de espiar a camera da escola da minha filha, ou de ver o q estava sendo publicado ao longo do dia. Mas ao chegar em casa, depois de coloca-la pra dormir, nao pude conter minhas lagrimas diante da cobertura jornalistica. E obviamente de pensar…o q nós, pais e maes, podemos fazer para proteger nossos filhos? Nao muito…

Nos podemos educa-los para a autosuficiencia, podemos ensina-los a desconfiarem do suspeito, podemos rezar…e acho q é esta a parte mais complicada.

Até mesmo pra mim, q acredito no espiritismo kardecista, no budismo, e em outros ismos q nos confortam diante das situacoes dramaticas da vida – ainda nao me sinto ‘evoluida’ o suficiente para aceitar o ‘seja feita sua vontade senhor’ – fico pensando na dor daquelas familias e imaginando como uma mae pode sobreviver despedaçada. Peço a Deus todos os dias q me deixe morrer bem velhinha…pra ter tempo de acompanhar todos os momentos bons e dificeis da minha filha – mas antes disso – peço a Ele que me faça a caridade de jamais me deixar sobreviver a ela. Nenhum pai ou mae deveria merecer passar por isso…pq a dor de viver depois deve ser insuportável demais para se lidar.

Continuarei rezando pela proteçao dela – até pq nao tenho outra lutoopçao a nao ser aceitar o peso da minha impotencia diante da violencia do mundo – seja das pessoas (como este psicopata…), seja da natureza (como tantas familias q perdem seus filhos em tragedias naturais – terromotos, tsunamis, desabamentos, alagmentos, etc…). Nos resta ter fé ou será muito dificil manter a sanidade cada vez q nos deparamos com noticias como estas. TRISTE.