Em tempo...

Me parece que a maior crise da atualidade é a escassez de tempo! O tempo está minguando... Mas onde foi parar afinal? Está escondido no trânsito? Na má organização pessoal? Ou disfarçando a preguiça? Seja como for, eu também sofro deste mal - agravado pelos multiplos papéis que desempenho - tenho visto os anos passarem sem que o desejado 'tempo' fique mais disponível! Este blog é um desafio pessoal, pretendo imprimi-lo para compartilhar com minha filha qdo esta crescer - espero q ela tenha mais habilidade que eu para gerenciar sua vida profissional, academica e as demandas dos meus netinhos :D


sábado, 10 de outubro de 2015

A mãe que eu gostaria de ser

paz interior As vezes acho que seria preciso beber, ou usar alguma droga, estar anestesiada – de alguma forma, seria preciso que uma parte do meu cerébro, que é muito dominante, estivesse desligada - para que entao eu pudesser ser a pessoa que eu gostaria de ser.

A pessoa que eu gostaria de ser é leve e despreocupada, ela se preocupa mais com o hoje que com o amanha – nao se importa se as coisas nao saem como ela esperava, até pq ela nao tem uma expectativa muito clara do que espera. Raramente grita, ou tem palpitaçao. Esta pessoa aceita as interferencias, é flexivel e segue o curso das ondas, nao tenta segura-las. É uma mãe tranquila que acredita que infancia só se tem uma vez e por isso, ‘tá tudo bem’…esta mãe se preocupa menos com o requeijao no cabelo, com as caries do futuro, com a liçao de casa bem feita e mais com a risada do filho, o sabor do doce ou a brincadeira. Ela é apenas amorosa e sabe demonstrar seu amor apenas demonstrando seu amor, sem ter que dar as regras o status de amor. Em toda minha vida conheci pouca gente deste tipo – para alguns elas sao tidas como irresponsáveis, para outros como ‘acomodadas’ e para mim, sao pura inspiraçao...o inatingível. 

Conheço umas tres pessoas assim, rainhas da paciência e do ‘tá tudo bem’…nenhuma delas é um modelo de referencia em eficiencia, nem em performance…nao necessariamente consideradas pela sociedade como bem sucedidas, em alguns casos alias, tem problemas financeiros e desafios materiais…mas me parecem mais em paz apesar das adversidades…parecem que vivem mais com mais paz em seus coraçoes que eu na minha luta ferrenha contra mim mesma.

Eu nao tenho dúvidas que elas tem outros desafios, cada qual de nós tem q conviver com as dores e as delicias de sermos quem somos nao é mesmo?…Eu nao tenho uma serie de problemas que elas tem que enfrentar certamente…mas tenho q viver diariamente tentando desligar o botao do ‘faça a coisa certa’ na minha vida, vivendo dias em que eu mesma nao suporto minha propria chatisse. Uma luta que perco diariamente, a todos os instantes…uma luta injusta e desgastante.

Há anos faço terapia e este tema já foi pauta de nossas conversas varias vezes…em muitos momentos me resignei com a dificuldade de me mudar, de relaxar – sou uma pessoa cheia de eneriga, passional, ativa e exigente – tenho um mundo construido com esforço ao meu redor, e me esforço para mante-lo. Para viver minha paz no entanto, vivo tentando controlar as coisas que estao fora de ordem (e nao digo apenas o mundo material a minha volta), para entao dar-me ao luxo de usufrui-lo. Ocorre que esta busca é ingloria, como nunca consigo ter tudo sob controle para poder relaxar, logo, nunca relaxo…

Sim, muitas vezes já me perguntei…E SE? E se eu deixar de fazer as coisas ou brigar para que sejam feitas? E se um dia desse uma louca na mae, esposa, e eu parasse de organizar, lembrar e fazer? Nao mandasse a lista do mercado, nao chamasse no horario e nao lembrasse q a hora esta passando, nao revisasse o material da escola, nao definisse o cardapio do almoço, nao mandasse lavar as cortinas, nao comprasse o presente da festinha de aniversario, nao levasse o cachorro pra tosa, nao tirasse a sobrancelha, nao fizesse a unha, nao tirasse a louça da mesa, deixasse o gato derrubar a o copo dagua na mesa, nao pedisse pra trocar a lampada, nao programasse as ferias, nao, nao, nao…se a unica coisa q eu realmente fizesse fosse continuar trabalhando já que isso é minha obrigaçao? E se eu me transformasse numa riponga ‘deixa a vida me levar’?

Será que eu seria uma pessoa mais feliz? Sera q conseguiria sentar no sofa pra ver TV sem tirar a louça da mesa ou o monte de papel rasgado no chao? Sera que minha filha me amaria mais ou se lembraria com mais alegria de uma mae que nao fica brava para ela fazer as obrigaçoes?

Eu nao sei…eu sinto como se estaria deixando de fazer o que eu preciso fazer para uma criança – que é condiciona-la para viver no mundo que vivemos, para viver, sobreviver e eventualmente, sair-se bem. Mas o que é sair-se bem??? Eu já nao sei mais. Eu achava que sair-se bem era tudo que tenho, mas em muitos dias eu me sinto tao cansada e tao frustrada de ter que ser a chata para que o mundo a minha volta rode, que penso se é isso mesmo…

Hoje estou particularmente chateada, o meu desejo é parar de ter vontade de fazer as coisas que ‘acho’ q preciso fazer e deixar tudo seguir o curso das ondas…Nao quer passar o fio dental? Tenha caries… Nao quer fazer a liçao? Seja uma aluna mediana…Nao quero arrumar o quarto? Viva na bagunça…Nao quer dormir cedo? Fiquei acordada e durma menos que o necessario para crescer saudavel…enfim, nao tenho coragem de largar estas coisas de lado, pois acho q uma criança nao tem condiçoes de discernir sobre o que é bom pra ela e o que nao é…mas é de um desgaste monstruoso ter que repetir centenas de vezes as mesmas coisas para os filhos…Eu me sinto uma bruxa chata, e meu coraçao vive o dilema da mae moderna – como deixar uma marca feliz na infancia do seu filho qdo metade do tempo vc esta brigando pra ele fazer as coisas que vc ACHA q ele tem q fazer…

Queria que minha filha soubesse que eu a amo acima de tudo neste mundo, e que eu me importo tanto com ela…e q eu sinto muito por ficar brava tantas vezes, por perder minha paciencia ou por esperar que ela seja mais madura que uma criança de 8 anos. Eu queria também que existisse uma forma simples de transformar esta pessoa que eu sou, naquela pessoa q eu queria ser, mas que esta nova pessoa nao trouxesse nenhum ônus pra vida da minha pqna. Se eu morresse hoje, sera que ela entenderia que a briga para escovar os dentes seria pelas caries que ela pode ter daqui 10 anos? Ou teria apenas deixado na memoria uma lembrança da mae chata falando na orelha dela?

Nao há certamente só coisas boas em ser leve e despreocupada ou em ser ativa e comprometida…ambos tem pros e contras. Mas faz 42 anos que sou assim…talvez este seja hoje minha grande meta, meu grande aprendizado a ser adquirido…como exercitar a paciencia, lidar com o E SE nao fizer sem me importar tanto e mais ainda, entender que nao será falta de amor da minha parte qdo (e se) eu finalmente chegar a ser esta pessoa desprendida, que nao se importa com a rotina, nem como as obrigaçoes.

E daí será esta entao, minha paz interior. Amem. 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

E naquele dia, em que algo inesperado acontece: poesia

Eu estava voltando pra casa, depois de mais um dia corrido de trabalho entre planilhas, reunioes e scorecards de fim de quarter, qdo resolvi parar na farmarcia que ficava no caminho - apenas pq havia uma banca de jornais em frente a ela e teria entao a oportunidade de – após comprar xampu para justificar o tempo no estacionamento – dar uma espiada pra ver se haviam chegados os benditos gogo’s q minha filha esta colecionando. Faz dias que estamos atras deles, peregrinando de banca em banca após a saida de escola, e os pacotinhos estao em falta. Como ela ganhou um dinheiro de presente de aniversário da avó, e eu havia prometido me empenhar na busca deles, e lá estava eu, incansavel na minha meta mais dificil do dia.

Bem, eu nao achei os gogo’s lá…mas embora nao procurasse, achei algo diferente – um momento de reflexao na mais inesperada das situaçoes. Eu sai da farmacia carregando minha sacolinha com xampu especial para cabelos quimicamente tratados, equilibrando celular e a chave do carro na outra mao, me escondi atras do oculos de sol enquanto o calor de 38 graus continuava castigando Sao Paulo desde os ultimos dias  de inverno, e sem muito prestar atençao a volta, parei em frente a banca – nao vi direito quem estava sentado atras do vidro/balcao e soltei um rápido:


- BOA TARDE!?! Chegaram os pacotinhos de gogo’s? Minha filha continua ansiosa e…

Saiu de lá do fundo um homem de meia idade, com cabelos grisalhos saltando por debaixo do boné, camisa polo azul meio desbotada, com aparencia simples e serena - serenidade que contradizia a condiçao do momento: o calor e a poluiçao da avenida - que foi respondendo calmamente diante da minha pressa:

- Puxa, nao chegaram…sabe eu já fiz o pedido, mas…

- Sabe quando eles chegam? – perguntei meio aflita e decepcionada, ja antencipando a carinha de frustraçao da minha pequena.

- Olha…como é seu nome mesmo?

- Marissol – respondi, já imaginando algo como ‘me deixa o telefone que ligo avisando’…quando ouço:

- Entao Marissol, posso deixar um pensamento de luz para sua vida?

Eu parei…arregalei os olhos atras do óculos, meio que ri diante da situaçao e disse: – Ah, claro, muito obrigada! – e já ia saindo pensando ‘puxa, que jeito curioso de se desculpar pela falta de um produto…mandando ‘pensamento de luz’ pro fregues’ rsrsrs. Mas qdo ia me retirando ao imaginar que o ‘pensamento de luz’ fosse realmente apenas um pensamento intimo dele, um modo de dizer ‘tchau, tudo de bom viu!’, ele continuou, ou melhor dizendo - começou:

- Entao ouça, Marissol: …..

E passou a falar…a falar e falar…falar…de forma pausada, algumas coisas pareciam meio que quase rimando, mas nao me pareciam decoradas, elas fluiam como um discurso meio improvisado, eu nao consigo lembrar da ordem das palavras mas era algo como – que sua vida seja sempre cheia de luz, amor e respeito daqueles q vivem ao seu redor, que vc possa sempre levar sua missao ate o fim, sua missao de melhorar a si mesmo e as coisas a sua volta, que vc compreenda a grandeza do amor q vc carrega e que vc possa iluminar tudo ao seu redor, que sua vida seja longa e prospera, que a saude do seu corpo permita seu espirito seguir adiante com seus designios e por ai foi…só me lembro do final meio rimado que dizia algo assim ‘Marissol (alias ele repetia meu nome entre uma frase e outra), por tras dos seus olhos de mulher refinada (ou sofisticada, nao sei, sei q era quase isso), existe um coraçao iluminado – (e deu uma pausa pra concluir)-  que deixou este cowboy encantado’ – rsrsrsrsrs esta foi a parte meio engraçada e provavelmente, menos elaborada da mensagem.

Eu sorri e agradeci, terminei dizendo ‘muito bonita a mensagem, obrigada, boa tarde’ e sai…fiquei meio atordoada, rindo talvez diante da perperxlidade por nao entender o que havia acontecido. As palavras bonitas chegaram em dado momento a me emocionar, ao mesmo tempo q uma ponta de duvida lá no fundo ficava me instigando a racionalizar que este cara nao pode ser normal, ou se ele falava isso pra todas as mulheres que tentavam comprar gogo’s ou se isso tinha a ver com alguma religiao maluca, ou se, ou se, ou se…por fim pensei, devia ter prestado mais atençao, pedido para repetir, gravado, anotado…pois independentemente de qualquer coisa eu deveria ter me apegado ao conteúdo das palavras – nunca mais na minha vida devo encontrar um jornaleiro desconhecido que se de a gentileza de quebrar o calor e a pressa do meu dia, para desejar de forma poetica coisas boas para minha vida. O presente  no entanto, vindo de fonte tao inesperada, com cenario e ocasiao tao inusitados, que quase me fez perder o conteúdo.

Depois de volta ao meu carro fiquei chateada ao me dar conta do paradoxo que vivemos nos dias de hoje: um mundo onde ignorar as pessoas a volta ou ate mesmo ser grosseiro com elas, é recebido com mais naturalidade que alguem q se de ao trabalho em pronunciar palavras bonitas gratuitamente para outra pessoa – principalmente qdo esta pessoa nada tem a ganhar com isso, já que os gogo’s…estes continuam em falta!

 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um belo dia eu resolvi mudar…

primeiro foi uma questao de tempo…durante os dois primeiros anos após a gravidez, acompanhando de perto o crescimento da minha pqna, trabalhando bastante e construindo um relacionamento. Depois ao me ver diante de um pouco de tempo e folego, abracei o mestrado…e foram mais dois anos com foco dividido entre tantas prioridades. Ao terminar o mestrado, um novo cargo com mais responsabilidade e muitas, muitas viagens, venda e compra de apartamento e uma obra enorme pra tocar, troca de escola da filhota, troca de empregada, muita coisa me deixando maluca ao mesmo tempo.Tres anos depois, finalmente me vi de frente a uma nova realidade – agora em uma funçao (ainda desgastante) – as viagens foram reduzidas – mas ainda havia o pensamento em querer mais um filho…algo que por conta de desafios diversos, foi entregue ao plano astral :)

Fui fazer um check up no Fleury no inicio do ano e fiquei muito chateada com o resultado da composicao corporal e densiometria ossea. Conclui que dava pra entender pq me sentia tao fraca, tao cansada, tao sem energia e com tantas dores e dificuldades de movimentaçao. Com 41 anos eu devia ter a mesma composiçao corporal de uma pessoa sedentaria aos 60!

Eu precisava mudar aquilo – e o primeiro passo foi me estabelecer o desafio. 15 kilos em 1 ano – mas nao peso por peso…e sim, peso com qualidade. Queria reduzir meu percentual de gordura e nao apenas ter um IMC rotulado de saudavel.

Este novo momento chegou assim – ja nao via mais meu corpo como um objeto a espera de um bebe, tenho menos viagens no trabalho de forma a poder planejar minha vida melhor,  minha filha entao com quase 7 anos de idade é agora companheira e compreensiva e por fim, tenho uma otima relaçao com o meu marido, que tambem mostra-se cada dia um companheiro melhor, que me apoia e me ajuda a ter o tempo necessario dividindo as responsabilidades de forma adequada.

Eu precisava mudar aquilo tudo e o momento oportuno parecia ser este – e o primeiro passo foi me estabelecer o desafio. Estavamos em abril, logo me pareceu razoavel 15 kilos ate o final do ano – mas nao peso por peso…e sim, peso com qualidade. Queria reduzir meu percentual de gordura e nao apenas ter um IMC rotulado de saudavel.

Comecei uma dieta que prometia resultados rapidos (pois precisava de motivaçao) e duradouros – que cabia no meu apetite pois havia a promessa de nao passar fome e apesar das restriçoes de alguns medicos e nutricionistas, eu resolvi que seria ali que eu iniciaria o meu processo de mudança. Também me matriculei numa academia de pilates, para tentar melhorar minha postura, minha força e minhas dores musculares – eu já havia desistido varias vezes das atividades ‘chatas’ como musculaçao, ou muito zen…como yoga…diante disso tentei uma combinaçao que talvez fosse mais adequada ao meu perfil! AMEI as aulas de pilates, me encontrei e nao troco por nada no mundo!

Eu tive um ou dois dias dias de incomodo…ate me acostumar ao novo cardapio, quer priorizava proteinas – no meu caso, peixes, já que nao como carne - e principalmente, tirava as tranqueiras, massas, doces e bolos que eu adorava. Senti muita falta dos meus doces e chocolates…até que encontrei um lugar onde podia comprar coisas que eram feitas com ingredientes permitidos na dieta e pude felizmente voltar a comer coisas que me dessem mais prazer que meus carpaccios de salmao.

Comprei um fitbit - aquela pusseirinha que ajuda a controlar seu nivel de movimentaçao - e me dei uma meta diaria de no minimo 8 mil passos por dia. Isso signficava tambem que eu estava adotando as escadas para poucos andares alem de estacionar meu carro mais distante do acesso as escadas. Como trabalho num andar alto (32), eu tenho que pegar dois elevadores – um que move entre os andares da garagem e outro até o andar do trabalho – abandonei o primeiro e passei a subir 6 andares todas as manhas em que ia ao escritorio, com uma mochila nas costas e sapato anabela. No inicio era uma tortura, depois foi ficando mais facil…e finalmente, imperceptivel! Para garantir um bom nivel de atividade aerobica, também adotei o wii-fit...descobri o Just Dance em modo online, e passei a brincar com minha filha nas competiçoes com gente do mundo todo. Divertido, nem parecia que era exercicio e que eu saia completamente suada destas 'brincadeiras'. Passei a carregar ainda minha garrafa de agua para a mesa de trabalho, a meta era consumi-la toda durante o dia de trabalho. Nos dias em que faço home office, busco minha filha na escola a pé, de forma que eu possa caminhar durante o dia e fazer minha meta minima.

Em meados de julho, atingi 80% da minha meta de um ano! A transformaçao chegou em todas as areas – com 11 kilos menos, resolvi deixar meu cabelo crescer, adotei produtos com qualidade melhor, fiz um novo peeling e renovei as formulas pra clarear as manchinhas, incorporei definitivamente suplementos para a pele e passei a ir semanalmente fazer as unhas – conquistei minha hora de almoço – que sempre ficava de lado na correria do dia a dia! Eu voltei a ter minha auto-estima,  a me sentir bonita...puxa vida, já tinha me esquecido como era isso e foi taaaaaaaaaaaaao bom! Era como se eu tivesse me reencontrado comigo mesma!

Como resultado – me dei de presente um merecido e moderno guarda roupa totalmente novo, 40/42. Mas isso nao é o melhor – ter de volta energia e agilidade foi o maior ganho de todos! Sim, as vezes tenho momentos de desanimo, fico de tpm...tenho preguiça, mas já mantenho o peso novo há quase 3 meses, e me preparo para a segunda fase, perder mais 4 kilos até o fim do ano. Melhor do melhor do melhor? Fiz meu check up novamente e: absolutamente tudo OTIMO. Nunca tive alteraçoes importantes, mas depois da dieta fiquei preocupada com o impacto alardeado por tantos médicos e nutricionistas e o resultado foi o melhor de todos nos ultimos 10 anos.

Nao tenho a menor duvida que me sinto melhor hj e que este é um caminho sem volta! Nunca quis ter o peso ou corpo que tinha aos 25, queria apenas me sentir bem e saudavel, queria garantir ter a agilidade necessaria pra brincar com minha filha e envelhecer com independencia e mobilidade! Me sentir bonita alem de tudo, é um super-bonus! Parece que só nesta fase da vida é que realmente me dei conta de que ter o peso adequado e fazer exercicios nao sao ‘luxos’ e sim necessidades.

Agora me exercito com regularidade, controlo meu peso diariamente - e também como chocolate todos os dias – mas claro, como se diz: posso tudo, mas nem tudo me convém – e do que posso, devo saber a qtdd adequada e hora de parar. Presente de mim pra mim mesma? 42 anos mais jovem e saudavel que aos 35 :)


Grecia 2015

sábado, 15 de agosto de 2015

Casar ou nao casar…eis a questao!

pre wedding

Por que é que as pessoas se casam? Já me perguntei algumas vezes…nao é preciso casar-se pra morar junto, nem é preciso casar-se pra ter filhos…muito menos pra dividir os problemas e as coisas boas do dia a dia. Um papel muda alguma coisa alem de formalizar juridicamente algo que já se dá de fato?

Eu sonhei com muitas coisas na minha vida, e ainda sonho…mas desde meus anos mais jovens, nao me lembro sonhar com um casameeeeeento…tinha amigas que sonhavam com a igreja, o vestido, o ritual. Para mim, era mais legal pensar em viajar…a lua de mel provavelmente seria um bom motivo pra casar :)

Enfim, sou uma mulher independente, MUITO até. Nunca achei que fosse preciso um casamento pra me sentir completa ou de um homem para abrir o pote de palmito ou pra trocar a lampada. Qdo vc tem recursos e auto confiança, vc resolve os problemas do seu dia a dia sozinha. Sim, e ai é que mora o problema – e a oportunidade.

As mulheres que NAO greciaPRECISAM de um homem, sao absolutamente mais exigentes com relaçao aos seus parceiros. Afinal, este cara esta agregando algum valor pra minha vida? O que ele traz pra minha vida q eu ja nao tenha sozinha? Ponderando-se que a fase da paixao dura aí alguns meses ou poucos anos, qdo a vida entra na rotina, o amor nao pode nao sobreviver aos problemas domésticos sem passar por um tremendo desgaste…a menos que: um dos lados PRECISE e se submeta, fazendo com q a relaçao dure, como durava nas geraçoes passadas qdo a mulher tinha que ser submissa, OU, que a relaçao funcione como um real ponto de apoio para os dois lados – OS DOIS lados :)

Eu tive muitas dificuldades na minha vida afetiva como um todo, pois passada a fase da paixao eu percebia que estava tendo mais trabalho ao lado de um companheiro que se eu ficasse sozinha. Um a um, 'quase' todos os homens com quem me relacionei, iam sendo eliminados depois de 3 ou 4 anos…por motivos diferentes, mas com a mesma causa raiz…eu podia ficar TAO BEM SOZINHA, que nao valia a pena aguentar o minimo desgaste que fosse. Claro...nem sempre foi assim, também tomei decisoes erradas e me juntei a pessoas cujo perfil nao era compativel, ou deixei passar pessoas cujo perfil era compatível...coisas que a gente aprende aos poucos.

Até o dia em que minha filha nasceu. Algo mudou…eu queria muito que ela tivesse um pai legal, e OPA…o pai dela era MUITO LEGAL. Dedicado, carinhoso, presente, o tipo de pai que o filho quer correr pra pedir apoio qdo a mae esta brava…rsrsrs…um pai apaixonante. Aquele pai no entanto, nao era um bom marido…e ele, assim como os outros, também foi eliminado num momento em que percebi que estava melhor sem ele que com ele.

Mas o que foi diferente aqui? Havia uma criança no meio…e por ela, mais boa vontade pra tentar melhorar de um lado, e pra aceitar do outro. Entre nossos desencontros, houve um encontro: o desejo de fazer dar certo. Este pai já vinha de um casamento que nao havia dado certo, muito motivado para nao deixar a segunda relaçao seguir o mesmo caminho. Ele aceitou fazer o q fosse necessario para entender suas falhas, encontrar um papel na relaçao, melhorar, amadurecer e conquistar a esposa como marido, e nao apenas como pai.

Foram 2 anos de terapia individualmente, para aprendermos como nossa dinamica funciona separadamente eCasamos como podemos fazer para que ela funcione em conjunto. Um dia ele teve que ficar alguns meses trabalhando fora de SPaulo…ia todo domingo e voltava toda quinta a noite. E eu percebi que naquele momento eu já tinha um companheiro que me fazia falta.

Eu continuava NAO PRECISANDO dele, mas QUERIA  a companhia dele – queria tomar café, jogar conversa fora, assistir filmes juntos...sabia que nao tinhamos muitas afinidades, mas que tinhamos uma chance por interesses em comum. 

Percebi que aquele companheiro me ajudava – eu podia preparar a comida para nos todos aos finais de semana qdo ficamos sem empregada, mas ele tirava a mesa e lavava a louça, sem que eu tivesse que pedir (ok...as vezes demorava!). Eu podia estar ajudando a nossa filha se trocar, mas ele estava arrumando a sala e dando comida aos gatos…eu podia revezar com alguem os dias em q tinha q ficar ate mais tarde ou chegar mais cedo ao trabalho – e ter minha filha feliz qdo encontrasse ele na porta da escola.

Eu tinha alguem para leva-la ao piano enquanto eu ia a manicure, ou simplesmente, alguem q pegava a lista do supermercado e cuidava dos nossos carros. Sim, estas coisas todas parecem muito ridiculas e mundanas, mas sao estas coisas q matam as relaçoes no dia a dia…se vc nao tem ao seu lado um companheiro que realmente AJUDE sua vida ficar mais facil, ele certamente correrá o risco de se tornar um peso e sera descartado. 

Ainda acho que as divisoes sao injustas, muita responsabilidade recai sobre mim, ainda sou a organizadora, a administradora, a 'resolvedora'...mas ele já era um ponto de apoio naquela altura. 

As mulheres estao tao polivalentes e autonomas que estes homens tiverem que encontrar um novo papel na vida delas – este papel em muitas relaçoes já nao é o de provedor, mas sim em muitos casos o de apoio, de suporte…e qdo a gente percebe que o fardo pode ficar mais leve pq alguem se dispos a carrega-lo em conjunto, aí acho que dá vontade de ficar junto por mais tempo...e algo que ele queria já fazia um tempo era oficializar a nossa relação, que já durava muitos anos mas não era um casamento oficial. Pra mim, nao fazia diferença mas pra ele sim...Foi dando vontade de casar pq agradar a outra pessoa também é uma forma de amor. 

Vontade de casar pra celebrar com os amigos e familiares que conseguimos encontrar um caminho neste mundo de relaçoes caoticas e intolerantes – que voces saimos pelo menos neste momento, vencedores e fizemos um acordo de boa vontade, mesmo que quese uma década depois!

Ai veio a parte gostosa…planejar uma festa, um jantar, uma banda, as fotos, as musicas, os textos para serem lidos…...escolher a roupa, a maquiagem, provar os docinhos, programar uma viagem dos sonhos para as ilhas Gregas…ver toda sua familia e amigos envolvidos e se preparando para o seu evento!

Todo aquele ritual que nunca me atraiu, foi entao costumizado, sem igreja, sem padre, sem vestido branco…mas com a convicçao que eu tb queria aquilo. Este ritual se tornou especialmente emocionante num momento da minha vida muito interessante – o momento certo! Não sei se é pra sempre, mas é pra enquanto durar - enquanto a gente acreditar que a soma é melhor que a divisão.  

Casar ou nao casar?  casar, sim…qdo vc tiver certeza de que vcs dois SÃO individualmente melhores – JUNTOS.

pre wedding

“Nao existem pessoas certas, existem pessoas que se esforçam para dar certo.”

quarta-feira, 18 de março de 2015

Ele enfim…chegou!

Promessa é divida. Promessa para criança é dividia que nao se negocia. E qdo a promessa também é feita pra sua criança interior? :) Mais fácil um pouco de cumprir ne?

O contexto era complexo. Primeiro fui eu, que sempre amei cachorros. Qdo conheci meu marido, vivia sozinha com um, que era bastante ciumento. Os dois nao se deram nem um pouco bem. Durante a gravidez para evitar ainda mais atritos e o stress causado pelos constantes ataques do meu peqno york, deixei ele por uma temporada na casa da minha mae – depois da temporada se estendeu com a chegada da bebe, e mais tarde, por pena de tira-lo de uma casa grande para voltar a um apartamento pqno onde a prioridade era uma criança pqna. Foi muito sofrido pra mim, nunca perdoei meu marido pela falta de sensibilidade (ou sensibilidade extrema as mordidas rsrsrs) praticamente nao me perdoava tambem por naquele momento ter preferido a paz ao confronto de mante-lo por perto. Em varias vezes repeti que deveria ter dado o marido e nao o cachorro…mas, isso sao aguas bem passadas.

Entre nossas crises, aprendemos muito e crescemos, no vai e volta, ele foi o que mais cresceu, o q mais se transformou, o que mais abraçou as minhas causas…e isso incluiu muitas coisas, até mesmo os dois gatos que vieram 3 anos atras. Mas os gatos nao me bastavam…eu queria outro filho, a medida que minha pqna ia crescendo cada vez mais sentia necessidade de outro bebe. Ocorre que o tempo foi passando e nada do bebe chegar. O tempo passou e passou e o alarme do risco da menopausa precoce que vem com minha familia, começou a tocar alto! Resolvi que nao podia mais ficar naquele compasso de espera…muita coisa na minha vida girava em esperar engravidar antes – investimentos, alteraçoes na casa, viagens, estudos e principalmente, voltar a cuidar do meu corpo para reconquistar definitivamente a forma q eu tinha antes. Tomada a decisao resolvemos procurar um médico e fazer uma tentativa acompanhada para concepçao – e decidimos isso no fim do ano, logo, novembro/dezembro seria o periodo decisivo. Eu nao queria começar 2015 pensando ‘mas e se’ – queria ter um plano concreto – com bebe ou sem bebe.

Neste periodo tambem ouvi muito minha filha pedir por uma irmazinha…claro q influenciada pelas amigas na escola q tem irmaos menores. Conversei muito com ela e disse q tem algumas coisas q controlamos e outras nao, que esta é uma das que nao se controla. Expliquei q a mamae e o papai iriam a um médico q diria se ainda poderiamos ter outro filho ou nao – ela entendeu, um pouco frustrada. O tempo passou e a tentativa nao deu certo. Claro q eu fiquei chateada, mas tambem fiquei aliviada. Eu PRECISAVA tentar para depois conviver em paz com a minha ajuda a natureza. Acredito piamente que ninguem nasce ou morre sem que haja permissao divina. Um espirito deve estar preparado para encarnar naquela familia, naquele momento, diante daquelas circunstancias, que favorecem seus objetivos nesta encarnaçao. E só assim entao é q se tem uma gravidez – nao acredito em outra possibilidade. Sei que Deus obviamente tem soberania para operar seus milagres, mas que muitas vezes seus milagres sao operados atraves da mao da medicina que ele permitiu capacitar-se para tal. Só por este motivo me empenhei em tentar este caminho.

O bebe nao veio, e provavelmente nao virá – ou talvez pudesse vir se eu aceitasse fazer outras tentativas – mas como eu disse ao médico, nao era este meu objetivo, era apenas o de fazer uma unica tentativa para permitir dar uma maozinha ao destino, caso realmente houvesse um plano divino para uma gravidez ‘por agora’. Bem, por agora nao há planos, e a medida que o tempo vai passando, as possibilidades naturais cada vez mais remotas – tanto eu qto o meu marido fomos afetados com a idade. Ou, se eu olhar pela minha perspectiva ‘kardecista’ – tanto eu qto o meu marido, já tivemos os filhos que tinhamos que ter, pelos motivos que a providencia divina sabe – e isso basta. Se em algum outro momento isso vier a ocorrer, sera pq Deus resolveu fazer seu milagre usando as leis da natureza rsrsrs, e nao pq houve qq tipo de inteferencia para favorece-la.

Mas o q o cao tem a ver com o bebe? TUDO rsrsrs…como sabem tantas maes de caes por ai. Eh claro, nao me refiro as pessoas que meio malucas transformam seu cao num bebe mesmo, com direito a carrinho de bb, festinha de aniversario e etc…Mas ao fato de q estas criaturas peludas estimulam nosso instinto maternal, isso é real.

Havia feito um acordo com meu marido – se o tratamento nao desse certo, queria um cachorro. Ele ponderou que Borinhoja tinhamos dois gatos…talvez fosse dificil adaptar, mas fui irredutivel e ele aceitou apoiar e se esforçar em viver bem com o cao – a oportunidade de redençao finalmente chegara.

Qdo fomos contar a minha filhinha que perguntava sempre sobre a irmazinha – fui clara: Nao vai dar pra ter a irmazinha, MAS…o q vc acha de um cachorrinho bebe?????

Ela pulou, gritou, girou, correu…e depois disse ‘ah, é ate melhor, assim eu nao preciso dividir vc mamae’ rsrsrsrs – (sim querida, mas qdo seus pais estiverem velhos e doentes, vc vai lamentar q nem a mais nova geraçao do cachorro, poderao conforta-la ou ajuda-la nesta hora :( – mas novamente, designios que vao alem da nossa vontade!)

Dai que eu tinha uma viagem marcada para inicio de fevereiro – pensamos muito em adotar um cachorro mas concluimos que por ter os gatos, seria melhor pegar um filhote – resolvi que o novo York viria logo apos minha viagem – no fim de semana de carnaval. E lá fomos nos, escolhemos uma ninhada, e pedimos o MAIOR de todos os filhotes – resistente a marido estabanado, criança e gatos…e este Broinho 5 mesesseria nosso Boris.

Nasceu em 25/11/2014 – e ficou nos esperando ate dia 14/02 qdo foi buscado pelo meu marido. Veio chorando o caminho inteiro…chegou em casa uma bolinha de pelos q fez xixi por todo canto, corria 15 minutos e dormia 45…fez todos se apaixonarem perdidamente. Nem todos, os gatos nao gostaram muito…Mas o meu coraçao ficou em paz, nossa familia parecia completa – este era o meu yorkinho tao amado, e que agora seria amado pela familia toda!

Meu marido? completamente apaixonado…quem é a companhia preferida do cachorro? Bem, certamente ele…que é quem larga tudo pra correr atras da bolinha com o peludo! Amor no final, tem varios formatos! <3